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Ações criminosas causam enormes prejuízos aos cofres municipais, obrigando a Prefeitura a gastar recursos do Orçamento na reposição de equipamentos, que são quebrados ou roubados. Os problemas causados pelo vandalismo não acarreta prejuízo apenas aos cofres públicos, mas também para toda a população, que é prejudicada em sua qualidade de vida.
Recursos que poderiam ser investidos em novos projetos acabam sendo usados para reparação e reposição do saldo da destruição. Nem mesmo obras ainda em andamento, como o Canteiro Central da Avenida Bonocô, escapam da ação dos vândalos. Tapetes de grama e mudas de plantas foram levados na calada da noite. As portas de alumínio dos quiosques foram arrancadas, provavelmente para venda em depósito de sucata.
Em Stela Maris, a praça inaugurada em março último já passou por diversas intervenções para reposição de luminárias e cabos elétricos, que foram roubados. Somente a Secretaria de Transportes e Infraestrutura (Setin) gasta mais de R$ 620 mil, por semestre, para recuperar o que é destruído ou subtraído da cidade.
Os desordeiros picham, quebram abrigos de ônibus, destroem aparelhos de ginástica em praças públicas, danificam até as passarelas que servem a uma grande parcela da população e caracterizam o cenário urbano de Salvador.
Todos os dias a Prefeitura é chamada para reparar alguma passarela da cidade, vítima de roubo de fios, luminárias e lâmpadas. Às vezes, marginais fazem rombos no piso de madeira para dificultar o trânsito de pedestre e facilitar assaltos.
Gastos com reposição
A Limpurb é outro órgão que tem sido obrigado a aumentar seus gastos para repor material danificado ou furtado. É o caso dos contentores e papeleiras de lixo. Os contentores custam em entre R$ 1,2 mil a R$ 10 mil, a depender da sua capacidade de armazenamento. Esses equipamentos são destruídos e em 60% das ocorrências o que ocorre é a queima do equipamento.
Neste saldo da degradação sofrida pela Limpurb, somam-se ainda mais de 500 banheiros químicos quebrados, que lotam o pátio da empresa na BR-324.
A Prefeitura está instalando 50 novos banheiros químicos em Salvador, como parte das ações que integram o Programa de Ordem Pública (Pop) que pretende mudar o hábito e a prática de urinar nas ruas. Porém, correm o risco de virarem sucata, vítima da fúria inconseqüente dos vândalos.
Segundo informação da Limpurb, os banheiros são quebrados, as partes de metal são retiradas e vendidas no comércio de sucata. Por vezes também são queimados.
Escuridão
Na área de iluminação, os principais alvos são os fios de cobre e as luminárias. Mas disjuntores, luminárias, transformadores, tampas de proteção das caixas de medição não ficam livres dos bandidos. Muitas vezes, ruas e avenidas ficam sem iluminação, totalmente às escuras, justamente porque os fios ou lâmpadas são roubados para vender. Isso sem falar quando as lâmpadas são quebradas, para facilitar práticas marginais.
Os fios da iluminação pública são instalados debaixo do solo. Mesmo assim os infratores não se inibem. Com ajuda de ferramentas, perfuram o asfalto e arrancam os cabos.
Os locais atingidos são os mais variados possíveis. Pode ser em áreas nobres como Stella Maris e Pituba ou no Subúrbio e Valéria. A Sesp faz a reposição do material e logo depois os roubos acontecem novamente.