Salvador

CONTRATO "GUARDA CHUVA" RESULTA EM OBRA MAL FEITA NO CANAL DO IMBUÍ

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| 15/04/2010 às 16:16
Alagamento, carros destrutidos e prejuizos para moradores
Foto: Zeca

Agora que as obras do Canal do Imbui mostraram o seu caráter "tratamento cosmético" e a sua ineficiência para conter os grandes alagamentos nas vias de trânsito do bairro, apesar de terem, conforme dados constantes da placa oficial que as divulgam, custos de cerca de R$ 53 milhões, os Ministérios Públicos Estadual e Federal deveriam cobrar dos projetistas ou da firma empreiteira a responsabilidade por tamanho desperdício dos recursos públicos.


Aliás, é voz corrente nos setores da Prefeitura de Salvador que cuidaram da obra que não existe oficialmente contratação de empresa para que elaborasse o projeto executivo do Canal do Imbui, ficando então a pergunta como foi que surgiu e deu base para o orçamento de execução das obras e no caso de apuração das responsabilidades quem vai responder.


Além do mais, o contrato para execução das obras data de fins da década de 80 do século passado, portanto tem mais de 20 anos de duração, quando era prefeito desta sofrida e espoliada Soteropolis, o radialista Fernando José, sob o jargão da advocacia administrativa, sem qualquer ironia, de "contrato guarda chuva de obras de urbanização e drenagem", que vigorou na gestão de Lidice da Matta, ficou "esquecido" nos períodos de Antonio Imbassahy e voltou com força total de 2008 para cá, devendo prevalecer por bastante tempo.


Esse bendito contrato de obras  que nunca termina já açambarcou  ou vai açambarcar, na gestão de João Henrique, as obras  de drenagem e urbanização da Avenida Centenário, Itaigara (trecho do Parque da Cidade) e Vasco da Gama, contando sempre com  os recursos oriundos do Governo Federal.


Fica, então, mais uma pergunta no ar: até quando esse matusalemico contrato será renovado, para que se evite o lançamento de licitações que possibilitariam uma melhor economicidade devido a disputa e não a pactuação entre a Prefeitura e a "dona do contrato guarda chuva" de obras isoladas sem qualquer participação que podesse premiar a melhor proposta.


Aliás, as grandes obras em Salvador, a cargo da Prefeitura, estão sob a égide desse contrato e outro, que vem do tempo da administração Mario Kértesz, antes do periodo de Fernando José, destinado a execução das obras de transporte de massa, chamado a época de Projeto TMS, sendo que as ultimas executadas foram Ligação LIP (Lidice da Matta), Avenida Luis Eduardo e Viaduto Nelson Dahia (Antonio Imabassahy) e Viaduto da Tancredo Neves e Via Exclusiva para Ônibus da Paralela, nesta gestão