Durante entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (8), no Centro de Operações Especiais da Polícia Civil (COE), o secretário de Segurança Pública, César Nunes, apresentou os dados da prisão do advogado Carlos Eduardo Villares Barral, coordenador do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (SETPS), investigado na Operação Expresso por suspeita de envolvimento no esquema de propina na Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).
Barral foi preso nesta sexta-feira, sob acusação de pornografia envolvendo crianças e adolescentes. Em sua casa, foram apreendidos diversos computadores que continham fotos pornográficas com crianças e adolescentes do sexo feminino.
Segundo César Nunes, as jovens tinham idades entre 10 e 17 anos. "Os computadores foram apreendidos durante a operação, no dia 24 de novembro. Na verdade estávamos investigando o envolvimento dele no esquema de propina da Agerba e encontramos mais um crime, o de pedofilia", disse.
Carlos Barral foi preso em sua residência, no Corredor do Vitória, e encaminhado para o COE, no Aeroporto, onde foi interrogado. A prisão decretada temporariamente para o advogado é de cinco dias, podendo ser prorrogada.
O coordenador do SETPS já tinha sido preso em flagrante durante a Operação Expresso, quando os investigadores encontraram um revólver sem registro em seu escritório, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão. Ele vinha sendo investigado por suspeita de participação no esquema de propina dentro da Agerba para o favorecimento de empresas de transporte público.
A polícia busca agora identificar as vítimas e posteriormente ouví-las. "Vamos confrontar as declarações e aprofundar as investigações para identificar se existiam conexões com redes de pornografia infantil", declarou César Nunes, acompanhado do delegado Edenir Cerqueira, presidente do inquérito.