Salvador

SAMBA PEDE PASSAGEM NO SEU DIA COM CENTRO DE SALVADOR LOTADO

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| 02/12/2009 às 22:28
Adeptos do ritmo mais autêntico do Brasil comemoram o Dia do Samba em Salvador
Foto: Marivaldo Filho

(Por Marivaldo Filho)

Para celebrar o dia do ritmo mais popular do Brasil, nesta quarta-feira, 2 de dezembro, o samba literalmente comeu no Centro, na Praça Municipal de Salvador. A tradicional comemoração do Dia do Samba em Salvador aconteceu novamente com um grande show que reuniu vários sambistas de todo o país.


A praça esteve lotada para a 38ª edição do evento que homenageou Noel Rosa e contou com o comando de Edil Pacheco que recebeu os artistas: Mariene de Castro, Jair Rodrigues, Ney Lopes, Nelson Rufino, Gerônimo e Gal do Beco.


Segundo o compositor baiano Edil Pacheco, que há muito tempo luta pelo fortalecimento do Dia do Samba, o gênero vive um ótimo momento em Salvador. "Agora, há uma reciprocidade do público para o samba como nunca houve. Ele tem ocupado mais espaço, tanto é que hoje vemos vários grupos tocando samba em diversos lugares da cidade", declara.


A festa iniciou às 17h30h, com o samba de roda do recôncavo dos grupos Partido Alto Brotou Samba e Samba de Roda Filhos de Nagô. Às 19h, no Largo do Pelourinho, o público poderá conferiu a arte do compositor santo-amarense Roberto Mendes. À noite terminou com uma apresentação dos grupos Bambeia e Batifun, a partir das 21h, no mesmo local.  


HISTÓRIA


Hoje é aceito pela maioria que a escolha do dia 2 de dezembro para comemorar o Dia Nacional do Samba é inspirado na primeira vez em que o compositor mineiro Ary Barroso - autor do samba "Na Baixa do Sapateiro", de 1938, em que reverencia a capital baiana - pisou em território baiano (em 1940). Na época, o compositor foi homenageado pelo vereador Luis Monteiro da Costa, autor da instauração da data histórica.


No entanto, há registros cariocas contestando essa história e afirmando que a data foi criada no Estado da Guanabara em 2 de dezembro de 1962, após a leitura da 'Carta do Samba', escrita pelo folclorista Edison Carneiro, no encerramento do 1º Congresso Nacional do Samba. Contudo, o Dia do Samba só foi oficializado no Estado da Guanabara em 1964, por aprovação de projeto de lei do então deputado estadual Anésio Frota Aguiar. O dia escolhido seria uma alusão à data anual de início dos ensaios das escolas de samba para o Carnaval, então definida pela Confederação Brasileira das Escolas de Samba.