veja
MENSAGEM:
O povo em geral chamava ela de Professora, seu filho Maurício: "Mainha", Eduardo, Niltinho e Luizinho chamavam Minha Mãe. Mida, sua secretária, de "Da". Vandira, o Patriarca da família, e "Vandirola". Eu, que me considero seu filho caçula: "Primeira Dama".
Ontem, hoje e sempre, estou anestesiado e atônito pela sua prematura partida. Ainda hoje lembro das nossas conversas na farmácia do Largo da Soledade, onde ficávamos conversando sobre variados temas.
Mulher inteligente, mãe extrema, zelosa com seu companheiro, não conheci e não conheço pessoa tão prestativa e caridosa, sempre disposta a ajudar ao conhecido e ao desconhecido, sem medir nenhum esforço.
Arembepe para mim jamais vai ser o mesmo, as tardes de sexta-feira não existem mais, aos domingos no calor de sua amizade, de seu afeto e carinho foram cremados junto com ela. Chorei esta perda como só chorei uma vez, que foi por minha mãe de sangue, a qual eu substituí por minha "Primeira Dama", no coração e na mente.
Quando não nos falávamos pessoalmente, trocávamos telefonemas, onde a alegria de as partes era reinante, parecendo uma mãe que recebia uma ligação de um filho distante. A minha alegria era incomensurável de ouvir sua palavra de afeto e de carinho a me encorajar a seguir em frente.
Quando chegava em sua casa e ficava na sala conversando com o Mestre Nilton e ela chegava toda ligeirinha e da porta do corredor já dizia: Dr. Fernando, como vai? E eu respondia: sou Dr. Para a Senhora, porque só a Senhora que me chama assim. Assim como eu a chamo de "Primeira Dama".
Este é um pequeno relato de uma pessoa singela que teve a honra e o prazer de conhecer, uma pequena pessoa na estatura, mais uma gigante e extraordinária no coração e no ajudar ao próximo. A dor que eu sinto é uma dor pessoal e particular de quem perdeu uma jóia de grande valor.
Expresso aqui todo o meu sentimento, toda a minha gratidão e carinho por essa pessoa tão importante para a vida de pessoas tão distintas, que ao seu redor conviveram. Uns por pouco tempo, outros, como eu, por muitos anos. Vou levar esta dor pelo resto de meus dias pensando na pessoa que foi ontem, hoje e no espírito de luz que será a caminho da eternidade.
Mias uma vez, obrigado Minha Mãe, Mainha, Da. Vandira, Professora Vandira, Vandirola e eterna Primeira Dama, por ter feito parte da minha vida. Deus lhe receba de braços abertos, porque sei que aonde estiver vai contribuir, e muito, para a melhoria da humanidade. Do seu filho de coração, saudades eternas. (Fernando Souza Cerqueira, por email)