Usuária da Estação da Lapa, Marli Carrara, afirmou que o terminal é uma amostra grátis de todos os problemas encontrados na cidade. Ela criticou a segregação que, na opinião dela, é nítida no local. "Os pontos dos bairros pobres são embaixo e o dos ricos são em cima. Na parte de baixo, se encontram as maiores filas, poluições sonora e visual, pingueiras e onde não tem banheiro", declarou.
O presidente da Associação dos Comerciantes da Lapa, Juvenil César, espera que as discussões da audiência tragam, de fato, melhorias para o local. A situação das obras do metrô também, segundo ele, está causando transtornos para os vendedores. "Desde que as obras começaram nós estamos comendo poeira".
MELHORIAS
Além do comércio formal, o Terminal da Lapa tem um marcante comércio informal que conta com 120 vendedores ambulantes credenciados que querem saber para onde vão quando as obras iniciarem. Para Cazuza, presidente da Associação dos Ambulantes, os dois centros comerciais mais beneficiados com a Estação, o Shopping Lapa e o Piedade deveriam dar uma contrapartida social.
A garantia de que os ambulantes não estarão desamparados foi dada pelo representante da Transalvador, Marcos Guerra. De acordo com ele, o projeto de revitalização do terminal estará pronto até o final deste ano e as obras devem começar no início de 2010.
O autor da iniciativa, Giovanni Barreto, apresentou uma emenda com o objetivo de revitalizar o local. Para ele, a Estação precisa de um amparo da prefeitura municipal e além dos usuários, os comerciantes e rodoviários também não podem ser esquecidos quando uma reforma for pensada.
ACESSIBILIDADE
Representantes da Comissão Civil de Acessibilidade de Salvador (Cocas) compareceram à audiência para reivindicar o direito constitucional que vem sendo limitado. Para Rosa Lago, que representou a entidade, "O espaço é totalmente inacessível que nega o direito de ir e vir".