Salvador

BANCO DO BRASIL, CAIXA E BNB MANTÉM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO

Vide
| 08/10/2009 às 17:28
Bancos oficiais continuam paralisados e os bancos privados voltam a funcionar nesta sexta
Foto: BJÁ
   (Atualizada às 23h10min)

   Na Bahia, termina na noite desta quinta-feira, 8, a greve dos bancários da rede privada embora o Bradesco já estivesse funcionando. Reunidos em assembleia, os bancários aceitaram a proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 6% e um aumento na Participação nos Lucros e Resultados que pode chegar a 15% do lucro líquido da instituição.


   Segundo o Sindicato dos Bancários da Bahia, as agências da rede privada devem voltar a funcionar normalmente nesta sexta-feira, 9.


   A greve continua, porém, nos bancos da rede pública, até pelo menos a próxima terça-feira, 13, quando haverá mais uma rodada de negocição. Segundo o sindicato, os trabalhadores do Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste consideraram as propostas feitas pelos bancos insuficientes até o momento.


  PELO BRASIL

Após uma nova proposta dos bancos, os trabalhadores do setor realizaram assembleias para discutir as condições e analisar uma possível volta ao trabalho após 15 dias de greve. Com exceção de Belo Horizonte, onde os bancários analisam amanhã a proposta, os bancos privados retornam ao trabalho nos locais onde as assembleias já terminaram. As informações são da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e incluem informações do balanço até as 21h15 (de Brasília) desta quinta-feira.
 

De forma geral, os bancários da Caixa Econômica rejeitaram as discussões específicas com o banco e vão manter o movimento nesta sexta-feira. No caso do Banco do Brasil (BB), alguns locais optaram por aceitar o reajuste salarial e o modelo de pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) propostos e outros os rejeitaram, informou a entidade.


Confira onde e quais bancos estarão funcionando nesta sexta-feira:


Alagoas (todo o Estado)
: BB e privados voltam ao trabalho; Caixa e Banco do Nordeste (BNB) mantêm greve

Brasília (DF)
: Privados voltam ao trabalho; Caixa, BB e Banco de Brasília (BRB) mantêm greve

Campo Grande (MS)
: BB e privados voltam ao trabalho; Caixa mantém greve

Curitiba (PR)
: BB e privados voltam ao trabalho; Caixa ainda realiza assembleia

Espírito Santo (todo o Estado)
: BB, privados e Banestes voltam ao trabalho; Caixa mantém greve

Florianópolis (SC)
: BB e privados voltam ao trabalho; Caixa mantém greve

Mato Grosso (todo o Estado)
: BB e privados voltam ao trabalho; Caixa e Banco da Amazônia mantêm greve

Pernambuco (todo o Estado)
: privados voltam ao trabalho; Caixa, BNB e BB ainda realizam assembléia

Piauí (todo o Estado)
: privados voltam ao trabalho; BB, Caixa e BNB mantêm greve

Porto Alegre (RS)
: Banrisul e privados voltam ao trabalho; e Caixa mantêm greve

Rio de Janeiro (RJ)
: BB e privados voltam ao trabalho; Caixa mantém greve

Rondônia (todo o Estado)
: BB e privados voltam ao trabalho; Caixa e Banco da Amazônia mantêm greve

Roraima (todo o Estado)
: BB e privados voltam ao trabalho; Caixa e Banco da Amazônia mantêm greve

São Paulo (capital), Osasco e região
: BB, Nossa Caixa e privados voltam ao trabalho; Caixa mantém greve

 De acordo com o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, a contraproposta das empresas foi satisfatória. Os bancários ganhariam aumento de salário de 6%.

Já a PLR seria paga de acordo com a seguinte regra: 90% do salário reajustado do funcionário, acrescido do valor fixo de R$ 1.024. Contudo, este valor não pode exceder o teto de 2,2 salários ou R$ 14.696. Os trabalhadores ainda terão direito a 2% do lucro líquido de 2009 da empresa, dividido pelo número total de empregados, em partes iguais, até o valor máximo individual de R$ 2,1 mil.


Bancos públicos


O Banco do Brasil ofereceu a seus empregados 6% de aumento salarial e manutenção da estrutura de distribuição semestral da PLR dos anos anteriores: um percentual do salário (45%) mais um valor fixo (R$ 512), acrescidos do pagamento linear de 4% do lucro líquido da instituição.


Já os bancários da Nossa Caixa conseguiram a distribuição de R$ 60 milhões bruto de forma linear entre os funcionários. Os detalhes da distribuição ainda estão sendo discutidos.


As negociações com a Caixa Econômica Federal seguem.

Inicialmente, os bancários pediam 10% de reajuste salarial e PLR composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também queriam a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Cordeiro afirmou que esta última reivindicação não foi atendida, mas que será negociada separadamente com cada banco.




  (Matéria das 17h)
  Falta de respeito total com a população, o Sindicato dos Bancários mantém uma greve nos bancos há mais de 15 dias, sobretudo nos oficiais chapas brancas Banco do Brasil e Caixa, sob o pretexto de reajustes salariais acima da inflação e ganhos extras. Agora, depois dessa lambança decide-se nesta noite se a categoria aceita um realinhamento de 6% proposo pela Federação Nacional dos Bancos.

  A categoria se reúne às 19h, no Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos, para votar essa proposta após passeta pela Avenida Sete até a Praça da Piedade, voltando para a sede do sindicato pela Av. Carlos Gomes. Apesar do protesto, os grevistas devem encerrar o movimento nesta noite.


  "Há uma tendência de aceitação da proposta (dos empresários de 6% de reajuste), mas ainda depende de votação", disse Euclides Fagundes, presidente do sindicato da categoria. Fagundes diz que, além do reajuste, os empresários também melhoraram a proposta referente ao plano da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e há negociações internas em cada banco.

Durante a paralisação, a população pode recorrer aos caixas eletrônicos e casas lotéricas. Lembrando que alguns serviços bancários não estão disponíveis nesses locais, como aquisição de empréstimo, financiamento, desconto de cheque e saques acima de R$600 (esse varia conforme o banco).