Salvador

APLB DENUNCIA: FALTAM 130 PROFESSORES REDE ESTADUAL SÓ EM CAJAZEIRAS

Vide
| 08/04/2009 às 12:42
Rui diz que aprendizado de 19 mil alunos está comprometido só em Cajazeiras
Foto: Foto: Arquivo/A Tarde
    O professor Rui Oliveira, 1º Secretário da APLB-Sindicato, dará entrevista coletiva nesta terça-feira, 14 de abril, às 9h30, na sede da  APLB-Sindicato, para revelar que faltam 130 professores em 11 colégios estaduais, só em Salvador no bairro de Cajazeiras e adjacências.


      Segundo Rui, isso compromete o aprendizado de quase 19 mil estudantes da educação básica ao ensino médio. Algumas unidades estão diminuindo os horários diários de aula: de cinco para três aulas.


   O fato já foi apresentado pelo Fórum dos Dirigentes Escolares das Cajazeiras (composta pelos 11 colégios que passam pela dificuldade), por meio de carta, à Secretaria de Educação do Estado (SEC). No documento, os gestores exigem solução imediata dos problemas que as unidades vêm enfrentando desde o início do ano letivo, em 2 de março. Os dados refletem um problema que atinge outras escolas da capital e do interior do Estado.


Com cerca de 2.700 estudantes, o Colégio Estadual Leonor Calmon, em Cajazeiras, é o que tem o maior saldo negativo no quadro de professores da região. Ao todo, faltam 18 profissionais. "A escola não está funcionando direito, os estudantes estão fora da sala de aula, atrapalhando os demais que estão em atividade. Muitos estão pedindo transferência, diminuindo nosso público. E nós estamos de mãos atadas", afirma o vice-diretor, Luiz Henrique Peixoto.


Edna Santana, diretora do Colégio Estadual Professor Nelson Barros, em Cajazeiras X, não sabe mais o que fazer para sanar o problema. Na escola que dirige, faltam 12 docentes de disciplinas como português e matemática. Desde o começo das aulas, ela tem solicitado à SEC reposição de professores, mas o pedido ainda não foi atendido.


Rui Oliveira percorreu várias cidades do interior e constatou que a situação é terrível, envolvendo violência, ausência de professores em alguns lugares e excedência em outros, devido à evasão escolar.