Política

ALBA REABRE EM CLIMA DE "GUERA" E LEANDRO CHAMA HILTON DE COVARDE

Ao que tudo indica teremos um segundo semestre agitado na Assembleia Legislativa
Tasso Franco ,  Salvador | 05/08/2025 às 20:28
Leadnro de Jesus: "Sabia que o pilantra Hilton vinha me incriminar falsamente"
Foto: BJÁ

   MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. O deputado estadual do PSOL, Hilton Coelho, ao insinuar em plenário durante fala na tribuna da Casa Legislativa nesta terça-feira, 5, quo o deputado Leandro de Jesus (PL) teria viajado aos EUA no final de junho, quando participou de um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro - que foi público e notório - não pode ter ressarcimento dos cofres da Assembleia, pois, dinheiro público não é para isso.

   2. Em resposta, Leandro chamou Hilton de "covarde...cada você seu covarde, venha ouvir o que vou dizer, que viajei para os Estados Unidos com meu dinheiro, não vou pedir a Assembleia que pague nada, paguei do meu bolso, e não sou você que "anda com bandido e defende ladrão".

   3. O clima ficou tenso, a presidente da Casa, Ivana Bastos, que presidia a sessão, pediu moderação, e Leandro seguiu sua fala fazendo acusações ao ministro Alexandr de Moares, classificando-o como "ditador" e disse que ninguém no Brasil deseja o tarifaço imposto por Donald Trump, mas que isso aconteceu diante da "politica" comanda pelo presidente Lula da Silva. "Ele e Moraes são os culpados pelo tarifaço", acrescentou.

   4. Hilton retornou ao plenário e disse que não fez declaração afirmativa de que Leandro tenha usado dinheiro da Assembleia para viagem aos Estados Unidos e é um parlamentar de respeito e não um covarde.
   5. Em entrevista à imprensa, Leandro disse que já sabia sobre sua viagem aos EUA que haveria "questionamentos do pilantra Hilton e ele levou na cara a resposta merecida”.

   6. Disse mais Leandro aos jornalistas sobre a prisão domiciliar de Bolsonaro determinada por Moraes o seguinte: "O que nós temos é mais um avanço da tirania no Brasil medida que não está prevista na lei processual penal, lei penal, o PGR não foi consultado, não houve qualquer iniciativa do PGR, e há, sim, apenas uma decisão de oficio e provavelmente o colegiado do STF não será consultado".

   7. Frisou, ainda que o ex-presidente Bolsonaro não está condenado, mas impedido de se comunicar inclusive a imprensa, vocês jornalistas, também em perigo. “Isso mostra ao mundo que aqui no Brasil tem um ditador que se chama Alexandre de Moraes”. completou.
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   8. Mais bate-boca aconteceu entre o deputado Diego Castro (PL) x Olivia Santana (PCdoB), com participações de Rosemberg Pinto e José Raimundo, ambos do PT. Em meio aos discursos acalorados que marcaram a abertura do segundo semestre legislativo, impulsionados pela repercussão da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro — decretada no dia anterior (4) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes —, o deputado estadual Zé Raimundo (PT) conclamou parlamentares, prefeitos, lideranças políticas e diversos setores da sociedade a refletirem sobre o atual cenário político, tanto no plano nacional quanto internacional.

  10. Zé Raimundo afirmou que o Brasil vive um tempo decisivo, em que as mudanças no cenário internacional — especialmente a crise de hegemonia dos Estados Unidos — impactam diretamente o país. "A ascensão nos Estados Unidos de um presidente que, na linguagem popular, fez um verdadeiro ‘panavoeiro’ nas relações internacionais, mostra o quanto estamos diante de um novo tabuleiro geopolítico", afirmou o parlamentar.

   11. Zé Raimundo ressaltou que a crise americana é reflexo do esgotamento de um modelo bilateral iniciado após a Segunda Guerra Mundial, agravado com o fim da União Soviética e a ascensão de novas potências, como a China. “Os Estados Unidos querem criar um clima de rivalidade internacional, mas o contexto mudou”, avaliou. Segundo o parlamentar, a tentativa americana de manter o controle sobre o mercado mundial está em xeque, e isso gera instabilidade interna e externa.

  12. Diante desse cenário, o deputado alertou para a importância de o Brasil defender um projeto social próprio e soberano. “Precisamos fortalecer um projeto nacional que enfrente as desigualdades e reafirme nossa autonomia política e econômica.”
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  13. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, participou na manhã desta terça-feira (5), no Palácio do Itamaraty, em Brasília, da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) – o chamado Conselhão. 

  14. A plenária contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, além de ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Camilo Santana (Educação), governadores, especialistas e lideranças sociais. O encontro discutiu políticas estruturantes voltadas ao desenvolvimento do país com foco em inclusão, sustentabilidade, inovação e justiça social.

  15. Foram apresentados resultados dos trabalhos dos conselheiros, assinados decretos e acordos de cooperação com base nas propostas elaboradas no âmbito do CDESS. A cerimônia também marcou a posse da nova composição do colegiado, que terá a missão de assessorar o presidente da República em temas de interesse nacional pelos próximos dois anos.

   16. Em seu discurso, o presidente Lula também abordou o cenário internacional, com uma fala firme em defesa da soberania nacional e do respeito mútuo entre os países. “Não é possível o mundo dar certo se perdermos o senso de responsabilidade e o respeito à soberania, à integridade territorial e ao funcionamento das instituições. 

  17. Quando começamos a dar palpite nos assuntos de outros países, ferimos algo sagrado: a soberania”, declarou o presidente, sem mencionar diretamente conflitos específicos, mas enviando uma mensagem clara sobre a política externa brasileira.

  18. A reunião foi marcada por críticas do presidente Lula às tarifas de 50% impostas recentemente pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Lula classificou a medida como unilateral e “lastimável” para a relação entre os dois países, e declarou que não pretende telefonar ao presidente Donald Trump para discutir o tema, mas que o convidará para participar da COP30, que ocorrerá no Brasil ainda este ano.

   19. O governador Jerônimo Rodrigues reforçou a importância de incluir esse debate nas pautas do Conselho e destacou a necessidade de os estados buscarem alternativas em conjunto com o governo federal.

  20.  “O Conselhão é um espaço de construção coletiva por um Brasil mais justo. Aqui, debatemos caminhos para ○ desenvolvimento e levamos a voz da Bahia para defender os interesses do nosso povo. Também alertamos sobre o tarifaço e buscamos soluções com o governo federal para proteger setores do Nordeste. Foi também uma oportunidade de celebrar uma conquista histórica: o Brasil está fora do Mapa da Fome! Um avanço fruto da união e de políticas públicas como Bahia Sem Fome, que transforma vidas no nosso estado”, afirmou Jerônimo”, afirmou Jerônimo.

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  21. (CONGRESSO) A oposição ao governo federal e ao Supremo Tribunal Federal (STF) elevou o tom, nesta terça-feira (5/8), após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante coletiva à imprensa em Brasília, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Rogério Marinho (PL-RN) fizeram duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes e anunciaram que parlamentares contrários à decisão entrarão em obstrução no Congresso Nacional, ocupando as mesas diretoras da Câmara e do Senado.

  22. Nikolas, que afirmou ter sido citado no inquérito que investiga os atos antidemocráticos, comparou a situação de Bolsonaro à de criminosos de facções. "Hoje nós estamos vivendo em um país onde manifestação pública é coação à Justiça", argumentou. Em tom inflamado, o deputado acusou o STF de transformar a liberdade de expressão em crime e declarou que as ações da oposição irão paralisar o funcionamento do Congresso. “Nós vamos parar esse Congresso, liberdade ainda que tardia”, disse.

  23.  "Quando Motta se ausentar do país, irei pautar a anistia", diz vice-presidente da Câmara 
O deputado também atacou Moraes diretamente e pediu indenização às “vítimas” do ministro. 

  24. "Quem vai devolver o tempo que foi retirado da família do Clesão, que está morto agora? Quem vai devolver o tempo que Flávio Bolsonaro vai ficar distante do seu pai?", questionou, referindo-se a apoiadores do ex-presidente. Em sua fala, Nikolas conclamou outros partidos a apoiarem o pedido de impeachment do magistrado e afirmou que a oposição está agindo para resgatar a democracia. “Não é uma defesa de pessoas, é de princípios”, declarou.

  25. Rogério Marinho, por sua vez, classificou o momento como um “estado de exceção” no Brasil e criticou o chamado "inquérito das fake news", conduzido por Moraes. “Esse inquérito vai completar sete anos em março e representa uma ação inquisitorial. Um inquérito aberto de ofício, sigiloso e que dá poder extraordinário a uma única pessoa", disse o senador. Ele também criticou a suposta hipertrofia do Judiciário e acusou o STF de atuar como “xerife geral” do país.

   26. O senador também defendeu o fim do foro privilegiado, afirmando que o instrumento se transformou em ferramenta de “subordinação e coação” do Legislativo. “O artigo 53 da Constituição, que trata da inviolabilidade do mandato parlamentar e do foro, virou uma arma contra o próprio parlamento”, disse. Marinho ressaltou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33, que acaba com o foro privilegiado, está pronta para ser votada na Câmara e cobrou celeridade na pauta