Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador, realizada na tarde desta quarta-feira (14), no auditório do Centro de Cultura, os vereadores deram-se as mãos e prestaram homenagens ao espírita, escritor, educador, médium e filantropo baiano Divaldo Franco, falecido na terça-feira (13), aos 98 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos.

Os trabalhos foram abertos pelo presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz (PSDB), que solicitou um minuto de silêncio como gesto de luto e respeito a quem, segundo ele, “durante toda a sua vida, só veio para fazer o bem ao povo, não apenas de Salvador, mas da Bahia e do Brasil”.

Na sequência, a vereadora Marcelle Moraes (União) afirmou não considerar a partida de Divaldo um momento de tristeza, pois acredita que o céu está em festa com sua chegada. “Ele é um legado de amor, de caridade, de respeito, de doação ao próximo aqui na Terra. Tenho certeza de que seu trabalho reinará, continuará e prosperará cada vez mais, ajudando tantas crianças e pessoas que precisam de acolhimento”, declarou.

O vereador Omarzinho Gordilho (PDT), por sua vez, anunciou que irá sugerir ao prefeito, por meio de indicação, a alteração do nome do hospital materno-infantil, localizado onde funcionava o antigo Hospital Salvador, na Federação, para “Hospital Maternidade Divaldo Franco”.

Da mesma forma, o vereador Paulo Magalhães Júnior (União) informou que estará protocolando na Casa, como primeira homenagem, um projeto de indicação propondo que o Centro de Referência da Assistência Social do bairro de Brotas, cuja assinatura da ordem de serviço foi assinada nesta quarta-feira (14), receba o nome de “Cras Divaldo Franco”.  

“Dar o nome de Divaldo Franco a um equipamento que vai cuidar justamente das pessoas mais vulneráveis é reconhecer sua história de amor e serviço ao próximo”, ressaltou Paulo Magalhães Júnior. 

Segurança pública

Ainda durante a sessão, que também foi conduzida pelos vereadores Claudio Tinoco (União) e Randerson Leal (Podemos), o vereador Duda Sanches (União) voltou a criticar o cenário de violência no estado. A Bahia registrou, em 2023, o maior número absoluto de homicídios do país, conforme o Atlas da Violência 2025, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Ipea.

Ele informou que, com 6.616 mortes violentas, o estado superou o Rio de Janeiro em 55,1% e manteve a liderança nacional em assassinatos. Duda lamentou a ausência de manifestações do governador Jerônimo Rodrigues diante do resultado. “Desde a divulgação dos dados, não se ouviu um só posicionamento do governador sobre o assunto”, concluiu.