Os vereadores Hamilton Assis (PSOL), Aladilce Souza (PCdoB), Marta Rodrigues (PT) e Sílvio Humberto (PSB), da bancada da oposição, uniram vozes em prol do pedido de pagamento do piso dos professores da rede pública.
Tasso Franco , Salvador |
23/04/2025 às 19:40
Vereadora Marta Rodrigues (PT) cobra piso nacional a professores na PMS
Foto: Antonio Queiros
Cobrança em torno do piso salarial dos professores da rede municipal, queixas contra o Planserv (Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais) e Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras), comemorado nesta quinta-feira (24), foram pautas na sessão ordinária desta quarta-feira (23), na Câmara Municipal de Salvador.
Os vereadores Hamilton Assis (PSOL), Aladilce Souza (PCdoB), Marta Rodrigues (PT) e Sílvio Humberto (PSB), todos da bancada da oposição, uniram vozes em prol do pedido de pagamento do piso dos professores da rede pública.
Atualmente, os docentes do município recebem, em média, R$ 2.800, enquanto o piso nacional para 2025 foi fixado em R$ 4.867,77. “Não daremos esse salto civilizatório sem a valorização do quadro dos professores e são os professores que fazem, que constituem o chão das escolas”, ressaltou Sílvio Humberto.
Durante a sessão, o Planserv voltou a ser palco de críticas dos vereadores. O vereador Téo Senna (PSDB) relatou ter sido vítima do mau atendimento, alertando que o plano de saúde dos servidores já foi modelo de eficiência no atendimento ao funcionalismo público.
“Eu sou usuário do Planserv desde que me tornei professor de Educação Física, em 1982. O problema é que, com o passar do tempo, a utilização vem ficando cada vez mais difícil. E eu falo isso com toda a tranquilidade. Essa semana, por exemplo, eu tive a necessidade de ser atendido e fui a um hospital da rede e saí de lá sem atendimento”, desabafou o vereador, reiterando que “o Planserv, que deveria ser um instrumento de cuidado, de dignidade, virou sinônimo de angústia e de abandono”.
Libras
Na véspera da comemoração ao Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais, vereadores de Salvador não deixaram de elencar a importância da utilização do ensino em Libras como fator fundamental para a inclusão na educação.
“O ensino de Libras nas escolas permite que as crianças surdas se integrem no ambiente escolar, desenvolvam sua mobilidade e comunicação e participem ativamente no processo de organizar. Além disso, contribui para o desenvolvimento cognitivo, aprimorando a atenção, a memória e a discriminação visual entre as crianças surdas”, pontuou o vereador Anderson Ninho (PDT), conclamando pela expansão de cursos de Libra na cidade, em especial pelo poder público.
Já o vereador Kênio Rezende (PRD), ao reportar que trata-se de uma linguagem rica e importante para garantir o acesso pleno à educação, frisou ter protocolado um projeto de lei que propõe a implementação da comunicação inclusiva na transmissão de tele-câmaras por meio da inserção de intérpretes de Libras, garantindo, assim, que pessoas com deficiência auditiva tenham pleno acesso aos debates.