Marta: ele (o prefeito) peca “por não ter em sua gestão uma política ambiental adequada e que atenda às pautas da emergência climática”.
Da Redação , Salvador |
13/02/2025 às 19:10
Vereadora Marta Rodrigues
Foto: Antonio Queiros
Em debate na sessão ordinária de terça-feira (11), na Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) voltou a criticar o prefeito Bruno Reis “por não ter em sua gestão uma política ambiental adequada e que atenda às pautas da emergência climática”.
Com o anúncio de verões cada vez mais quentes, a vereadora disse que o prefeito vai na contramão do mundo ao vender imensas áreas verdes na cidade sem transparência e sem debate com a população: “Áreas, inclusive, que deviam servir para a construção de escolas e postos de saúde. O prefeito permite que o trator passe, permite a construção de espigões nas praias, destrói áreas de restinga, enche a cidade de concreto e enquanto isso a bancada do prefeito tenta enviesar o debate”.
Segundo a vereadora, uma das principais desculpas da Prefeitura para vender os terrenos públicos é de que as áreas verdes estão degradadas e antropizadas. “A venda de áreas verdes da cidade colocou Salvador como um pária ambiental, uma vez que cotidianamente tem caminhado de encontro às questões da emergência climática e da agenda global de luta pelo meio-ambiente”, comentou.
Marta Rodrigues pontua que, enquanto o Brasil retomou a respeitabilidade na agenda ambiental, sendo escolhido para sediar COP 30 este ano, a Prefeitura vai na contramão.
“A emergência climática é uma das questões políticas centrais da democracia atual. É um compromisso com o futuro da cidade. Já vivemos uma alteração no clima perceptível e este Verão nos mostra isso. A cidade de Bruno Reis é para quem anda no ar-condicionado”, disse.
Contrapartidas
A vereadora lembrou, ainda, a destruição do meio ambiente e o aquecimento global provocado pela “especulação imobiliária desenfreada” colocaram a cidade entre as cinco capitais mais quentes do país. “Todo dia, o que assistimos é a derrubada de arvores e a supressão de vegetação. Os poderes públicos e privados precisam apresentar contrapartidas urgentes para conter as mudanças climáticas”, declarou.
A vereadora Marta Rodrigues lembra ainda que no bojo de desafetações em Salvador tem terrenos que deveriam servir par a construção de escolas e postos de saúde. “Ou realmente o pensamento da prefeitura é arcaico e não acompanha as demandas urgentes do mundo ou realmente é uma verdadeira serra elétrica”, diz Marta.