Política

TRUMP SINALIZA FORTALECIMENTO DA AMÉRICA E POLITICA MAIS CONSERVADORA

Conter a invasão dos latino-americanos para os EUA entra em pauta com controle mais rigoroso
Tasso Franco ,  Salvador | 21/01/2025 às 10:04
Trump e os dois gênero: homem e mulher
Foto: EFE
     O Brasil segue sua politica doméstica e a macro internacional de olho nas medidas que estão sendo adotadas pelo presidente Donal Trump, que assumiu ontem o comando político e administrativo dos Estados Unidos. 

     Os dirigentes nacionais acompanham as medidas que o novo dirigente adota (e adotrá) e que afeterão a geo-politica mundial, porém, nada que possa interferir diretamente no Brasil. Cabe aos brasileiros, ao Congresso Nacional e ao Presidente Lula tocarem o país, sem temor.

    Muito do que tem se falado, à esquerda e à direta, de que vão haver mudanças significativas, dando conta de que a direita ficará mais fortalecida, são ensaios aleatórios sem nenhum base real. 

    O Brasil, na realidade, está cansado desse dualismo Lula-Bolsonaro e vice-versa, uma politica atrasada de ambos os lados, precisando encontrar algo novo para sair desse ciclo e empurrar o país para frente, o que não vem acontecendo, salvo em alguns setores da iniciativa privada.

    O que Trump sinalizou em seu discurso no Capitólio, ontem, e quem quiser saber com mais detalhes e análises recomenda-se ler o NYT e o Washington Post, é o fortalecimento da América. 

   E quando ele fala de América não se relaciona as Américas do Sul e Central e sim a América do Norte, de olho no Canadá e na estratégia do ponto de vista da segurança dos EUA, a Groelândia.

    Ao invés de abordar temas mundiais o que se viu foi um Trump preocupado com o fortalecimento dos Estados Unidos sobretudo com a invasão do seu território pelos mexicanos e latino-americanos em busca de melhores oportunidades de vida, o que, no seu entendimento e dos gestores da economia, não tem como abrigar essa quantidade de pessoas desqualificada para o mercado norte-americano e que poderá desorganizar a socidade local, o que ele (Trump) classifica de criminosos.
     
    Na sua estratégia bem definida propõe a reestruturação dos EUA na linha mais conservadora, própria do seu partido, o Republicanos, gêneros únicos homem e mulher, os valores que historicamente forjaram o país e o tornaram conhecido e admirado mundialmente, como a liberdade, o respeito ao Estado Democrático de Direito, a meritocracia e a busca pela excelência

    O republicano reafirmou o compromisso em restabelecer uma nação “orgulhosa, próspera e livre”, onde “a balança da Justiça será reequilibrada” e que trabalhará para “trazer de volta a esperança, a prosperidade, a segurança e a paz para os cidadãos de todas as raças, religiões, cores e credos”, além de afirmar que sua administração será “inspirada por uma forte busca pela excelência e pelo sucesso incessante”. 

   Trump também disse que seu maior legado será o de um pacificador e unificador, e lembrou o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas e a libertação de três reféns do grupo terrorista no último domingo.

   Sobre a liberdade de expressão, Trump disse que implantará medidas para “acabar imediatamente com toda a censura governamental e trazer de volta a liberdade de expressão à América” e que nunca mais o poder do Estado americano será usado como arma “para perseguir oponentes políticos, algo sobre o qual sei alguma coisa”, além de prometer restaurar a “justiça justa, igual e imparcial no âmbito do Estado de Direito constitucional”. 

   O novo presidente também ressaltou que o governo americano não adotará mais políticas de diversidade e inclusão, afirmando que a política oficial do governo dos Estados Unidos será a de reconhecer apenas dois gêneros, masculino e feminino, além de exaltar a necessidade de criar uma sociedade que não enxerga a cor da pele e seja baseada apenas no mérito.

   Esses são os pontos essenciais.

   Comentário do NYT: 

Com esse voto de seis palavras, o Presidente Trump descreveu como planeava fazer com que o seu segundo mandato fosse diferente do primeiro. Agora, depois de um interregno de quatro anos que começou com o exílio político e terminou com a sua improvável ressurreição, o grande perturbador deixou claro que não pretende ser frustrado desta vez ao tornar a América muito mais conservadora a nível interno e mais imperial no exterior.

No seu discurso inaugural de 29 minutos, Trump não perdeu tempo em apelos grandiosos aos ideais americanos. Em vez disso, falou com um tom de agressão que pretende ser ouvido pelo público nacional e estrangeiro, como um aviso de que a América, sob um Donald Trump mais experiente, não aceitará um não como resposta.

Ele encerrará uma era em que o mundo explorou a generosidade americana, disse ele, capacitando um “Serviço de Receita Externa” para “tarifar e tributar países estrangeiros para enriquecer nossos cidadãos”.
Depois de declarar falsamente que a China controla o Canal do Panamá, construído pelos EUA, ele prometeu: “Vamos recuperá-lo”. Ele saudou um antecessor presidencial: não Washington, Jefferson ou Lincoln, mas William McKinley, o 25.º presidente, amante das tarifas, que se envolveu na Guerra Hispano-Americana, tomou as Filipinas, Guam e Porto Rico e abriu o caminho para esse canal.

  Comentário do WASHINGTON POST

Donald Trump tomou posse como o 47º presidente, reivindicando um mandato eleitoral e divino para invocar imediatamente poderes de emergência em matéria de imigração e energia, prosseguir a expansão territorial e reverter as políticas de Joe Biden sobre emissões de automóveis e direitos trans.

Trump declarou a sua tomada de posse como o “Dia da Libertação”, condenando os antigos líderes do país que se juntaram a ele na Rotunda do Capitólio para a cerimónia de tomada de posse e descrevendo uma visão para o país que era ao mesmo tempo nostálgica e futurista: uma América onde existem dois géneros, que chama o pico mais alto do Alasca de Monte McKinley, onde a bandeira dos EUA tremula em Marte e todas as guerras acabaram.