Eleito em coalizão de partidos dificilmente poderá cumprir a promessa salvo (como disse) se pagar um preço politico
Veja o que disse o prefeito: "Há um bom tempo venho dizendo isso: passem a acreditar. Falei sobre dar oportunidades, e oportunidades não podem ser desperdiçadas. Todas as que tive, soube aproveitar. Então, quem receber uma oportunidade e não souber aproveitá-la, não estará no contexto. Temos esse dever com a cidade, e esse é meu papel. Vou exigir muito esforço e sacrifício de toda a equipe para que possamos transformar Serrinha e deixá-la ainda melhor do que encontramos", declarou.
- Reforçou que a cidade é como uma casa, um bem coletivo que precisa ser cuidado por todos. "Se você cuida da sua casa, da sua família e respeita a todos, gestores, secretários e vereadores precisam respeitar a cidade também. Quem não estiver inserido nisso, não vou ter nenhum problema em substituir", afirmou, deixando claro que a cobrança por resultados será uma marca de sua administração.
Cyro também abordou o que considera serem "vícios políticos" que ainda persistem em Serrinha, comprometendo o desenvolvimento da cidade. Ele se comprometeu a enfrentá-los, mesmo que isso tenha custos políticos: "Alguns vícios políticos em Serrinha precisam ser extintos, e é trabalhar para isso porque prejudica demais a cidade. Esse preço político, já que estou mexendo na ferida, estou disposto a pagar, porque vivo aqui, moro aqui, vou continuar morando e quero uma cidade melhor."
Bem, vale ressaltar que Cyro integrava a equipe de Adriano e a cidade estava suja, mal cuidada e sem projetos nos últimos tempos, salvo uma ou outra obra que não levam a desenvolvimento.
Ora, Cyro anunciou o seu secretariado cumprindo os acordos politicos da coaligação, incluindo a esposa do ex-prefeito, um irmão de Osni, uma aliada de Sandro Magalhães e integrantes dos outros partidos. Também aconteceram negociação na Câmara para entronizar o PP e uma aliada de Osni.
Portanto, pelo menos na largada, não dá sinais de que vai acabar ou pelo menos reduzir os vicios politicos, salvo, como falou no seu discurso "de enfrentá-los e pagar preço politico".
Isso é possível. É. Mas, improvável na medida em que, gestor que nomeia secretriado politico não tem condições de fazer mudanças. E Cyro está amarrado nos vícios da politica serrinhense, de alianças, conchavos onde a meritocracia não é levada em conta.
Osni, quando eleito pela primeira vez prefeito, veio com essa mesma conversa: que era uma esperança, ia mudar os rumos da politica serrinhense e coisa e tal. A população acreditou e o elegeu. Quando necessitou se reeleger no segundo mandato, cedeu e compôs com a velha politica rifando o PSB.
E, agora, em 2022, recompôs com a mesma velha politica isolando Gika Lopes, o pré-candidato do PT, e apoiando Cyro (MDB), ele que era adversário de Adriano (sem partido). Como isso foi possível: os velhos vicios que, agora, Cyro diz que vai acabar e envolveu na época de organização das chapas até o governador do estado.
E Gika virou vice e Sandro Magalhães, outro petista, se aquietou. Gika, eleito vice, hoje, tem essa função, mas, sem tinta na caneta.
Deus queira que eu ainda tenha vida para ver isso, uma vez que estou próximo de completar 80 anos de idade. Colégio, rua, posto de saúde, carro de policia, ambulância, etc, não desenvolve município e sim atividade produtiva: industrias, tecnologia de ponta, pólos criativos de serviços. Isso, sim.
Mas, Cyro não tocou nesses assuntos. Vamos dar créditos de confiança nesta direção. Se isso acontecer, será grande prefeito. Caso contrário, se lambuzará nos velhos vicios da politica serrinhense que são eternos em sua história republicana. (TF)
