O ministro da Defesa, Yoav Gallant, disse que embora a atual onda de ataques esteja completa, os israelenses deveriam permanecer alertas.
Tasso Franco , Salvador |
14/04/2024 às 07:38
Destroços de um míssil interceptado sobre Amã na Jordânia
Foto: AFP
O Irã lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel, no seu primeiro ataque militar em grande escala contra o país. As forças militares dos EUA na região ajudaram Israel a interceptar os ataques, disse o presidente Biden. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, disse que embora a atual onda de ataques esteja completa, os israelenses deveriam permanecer alertas.
Mais de 99 por cento dos mísseis e drones foram interceptados, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari. Alguns caíram dentro do território israelense, causando pequenos danos a uma base militar e ferindo gravemente uma jovem, acrescentou. O Hospital Soroka disse que uma jovem ficou gravemente ferida e foi transferida para a unidade de terapia intensiva pediátrica após a cirurgia.
Condenação global do ataque iraniano; IDF disse ter atingido locais do Hezbollah no norte do Líbano
99% dos cerca de 300 projéteis disparados pelo Irã contra Israel foram interceptados * EUA, Reino Unido, Jordânia e França ajudam a impedir drones * Israel reabre espaço aéreo * Mossad: Hamas rejeitou proposta de acordo de reféns
RUSSIA MODERADA
A Rússia insta todas as partes a “mostrar moderação” depois do Irão ter lançado um ataque sem precedentes com mísseis e drones contra Israel.
“Contamos com os estados regionais para resolver os problemas existentes com meios políticos e diplomáticos”, afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado.
Moscovo expressa “extrema preocupação com a última escalada perigosa na região”.
Afirma ter alertado inúmeras vezes que “a falta de resolução para numerosas crises no Médio Oriente, principalmente na zona do conflito israelo-palestiniano” iria “levar ao crescimento da instabilidade”.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, conversou por telefone no sábado com seu homólogo iraniano, Hossein Amir-Abdollahian. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que Lavrov reiterou a “condenação decisiva” de um suposto ataque israelense na Síria no início deste mês, que matou generais iranianos.
A Rússia já condenou anteriormente a conduta de Israel na guerra de seis meses em Gaza contra o grupo terrorista Hamas.
Tradicionalmente, Moscovo tem tentado manter relações com todas as grandes potências do Médio Oriente. Mas tem vindo a reforçar os laços militares e políticos com o Irão, com as relações com Israel aparentemente a enfraquecerem.
IRANIANOS COMEMORAM
Imagens publicadas pelo Tasnim News, ligado ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, e verificadas pelo Storyful mostram multidões reunidas na Praça Palestina, em Teerã, na manhã de domingo, celebrando o ataque iraniano contra Israel.
O brilho vermelho de um sinalizador ilumina a frente de uma mesquita enquanto multidões aplaudem, buzinas de carros apitam e fogos de artifício iluminam o céu.
Repórter do escritório de Roma cobrindo a Itália e o Vaticano
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, atual presidente do Grupo dos Sete, organizou uma videoconferência com os líderes do G-7 no início da tarde, horário local, de domingo, para discutir o ataque do Irã contra Israel. “O governo italiano reitera a sua condenação dos ataques iranianos contra Israel”, tuitou Meloni. “Estamos fortemente preocupados com uma maior desestabilização da região e continuamos a trabalhar para evitá-la.”
Repórter de notícias de última hora baseado em Londres
O Conselho de Segurança da ONU deverá se reunir no domingo, depois que Gilad Erdan, embaixador de Israel nas Nações Unidas, pediu ao conselho que condenasse o ataque de Teerã e designasse o Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana como uma organização terrorista, informou a Reuters. A previsão é que o conselho se reúna às 16h. Hora do Leste.
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