Maduro concorre ao terceiro mandato consecutivo e será reeleito para se perpetuar no poder (Com El Universal e O Globo.com)
Tasso Franco , da redação em Salvador |
30/03/2024 às 10:04
Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela
Foto: El Universal
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) iniciou desde 28 de março até 1 de abril a revisão das candidaturas dos candidatos que tentam participar nas eleições presidenciais de 28 de julho. O órgão eleitoral irá analisar cada uma das candidaturas e deverá anunciar nos próximos dias quais foram aceites.
Nesta ocasião, quem tenta participar nas eleições são: Daniel Ceballos, Luis Eduardo Martínez, Nicolás Maduro, Antonio Ecarri, Javier Bertucci, Juan Carlos Alvarado, José Brito, Benjamín Rausseo, Claudio Fermín, Luis Ratti, Enrique Márquez , Manuel Rosales e Edmundo González Urrutia.
NICOLÁS MADURO
O Presidente da República, Nicolás Maduro, publicou esta sexta-feira uma mensagem na sua conta oficial na rede social X a propósito da comemoração da crucificação de Jesus Cristo.
“Jesus Cristo na cruz redimiu o mundo... Hoje, como cristão, uno-me à comemoração da crucificação e morte de nosso Senhor Redentor, uma demonstração do mais puro amor pela humanidade”, escreveu o primeiro líder nacional no digital plataforma.
O QUE DIZ O GLOBO.COM
A Venezuela promove eleições no dia 28 de julho sob desconfiança da comunidade internacional de que o regime de Nicolás Maduro não assegure votações livres e democráticas —o que contraria compromisso assinado em outubro de 2023.
Maduro concorre ao terceiro mandato consecutivo — o primeiro foi em 2012. A coalizão Plataforma Unitária Democrática, que reúne dez partidos de oposição, disse que não conseguiu registrar a candidatura de Corina Yoris.
Em outubro, o governo Maduro e a oposição assinaram o Acordo de Barbados, segundo o qual haveria eleições democráticas na Venezuela.
O governo do Brasil manifestou seu apoio a ela ao afirmar que não havia motivos para barrar a candidatura de Yoris. O regime de Maduro reagiu dizendo que a nota brasileira parecia ter sido "ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos".
Além do Brasil, ao menos 11 países manifestaram preocupação com as eleições (Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai).
Veja abaixo perguntas e respostas sobre as eleições deste ano na Venezuela, sobre os candidatos que tentaram se registrar e não conseguiram, sobre aqueles que fizeram sua inscrição e podem ceder suas vagas e qual foi a reação do Brasil até agora.
O que mudou dessa vez?
O atual regime político na Venezuela foi pressionado por diversos países a organizar eleições limpas. Os Estados Unidos retiraram sanções econômicas e voltaram a comprar petróleo da Venezuela, a Noruega mediou as negociações entre os membros do atual governo e a oposição, e representantes diplomáticos do Brasil também ajudaram nas discussões.
Depois de muita negociação, governo e oposição venezuelanos assinaram em outubro o Acordo de Barbados, que determinava que haveria eleições democráticas no país.