Categoria dos professores paralisa aulas até próximo dia 22 data prevista de votação do PL na Assembleia
Tasso Franco , Salvador |
17/08/2023 às 09:38
Assembleia dos professores no pátio da ALBA
Foto: BJÁ
Em assembleia geral promovida pela APLB-Sindicato na manhã desta quarta-feira (16/08), na Assembleia Legislativa da Bahia ( ALBA), os trabalhadores em educação da rede estadual de ensino votaram e decidiram por uma agenda de luta! Os profissionais da educação exigem a inclusão dos juros e correção monetária no PL que regulamenta o pagamento da 2ª parcela do Precatórios do Fundef. As assembleias regionais, no interior do estado, também aprovaram a pauta proposta pela APLB.
Aprovaram paralisação das atividades, já a partir desta quinta-feira (17) até a próxima terça (22), data da provável votação do Projeto de Lei dos Precatórios, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). A decisão foi tomada durante assembleia realizada pela categoria, na manhã desta quarta-feira (16).
O texto enviado pelo Governo do Estado não prevê o pagamento da segunda parcela dos precatórios com a correção de juros e mora reivindicado pela categoria. Além da paralisação, os professores farão uma caminhada, nesta sexta-feira (18), a partir das 9h, que sairá do largo da praça Irmã Dulce, na Cidade Baixa até a igreja do Senhor do Bonfim.
"A categoria está pedindo clemência ao Senhor do Bonfim para que a o projeto de lei aqui na Alba respeite os direitos das professoras e dos professores. Portanto, estamos todos aqui atentos em vigília total na Assembleia Legislativa", pontua Marinalva Nunes, presidente da Associação Classista da Educação e Esporte da Bahia (ACEB).
A sindicalista ressalta que a categoria precisa assumir o protagonismo político e diz que a APLB não pode fechar acordos com o governo do Estado que viole os direitos dos professores da rede estadual de ensino.
"Vai ter paralisação amanhã e até o dia da votação do projeto na ALBA. Portanto, nada de negociação que abra mão dos direitos dos professores. O projeto de lei que foi enviado é pior do que o do ano passado. Não vamos admitir sonegação de direitos", afirma a dirigente.
Direitos feridos
Para o coordenador-geral da APLB-Sindicato, professor Rui Oliveira, a medida fere os direitos dos profissionais em Educação. “Esse projeto de lei não contempla a categoria! Não vamos permitir um calote contra os profissionais em educação! Não há perdão de juros em nada que pagamos, porque temos que perdoar quando vamos receber? É direito e nós vamos seguir em frente na luta pela inclusão dos juros e correção monetária”, afirma Rui Oliveira.
A APLB-Sindicato construiu uma sugestão de emenda ao PL que regulamenta o repasse dos recursos aos educadores da Bahia, para incluir o pagamento de juros e mora dos precatórios, o que seria ideal para contemplar o pleito da categoria.
“São mais de 10 anos de luta para receber os precatórios. Quando transferiu a primeira parcela, o governador deixou de pagar R$ 900 milhões de juros e agora quer cometer o mesmo erro. É inaceitável. Queremos nosso dinheiro com a devida correção”, acrescentou o dirigente.