Pessoal adicional, veículos blindados leves e toque de recolher: as autoridades reforçaram ainda mais seus recursos na sexta-feira para tentar conter a violência que abala muitas cidades desde a morte na terça-feira de Nahel M., morto por um policial.

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Na parada Georges Pompidou do bonde 6, no planalto de Clamart (Hauts-de-Seine), paira no ar um cheiro persistente de metais queimados. Foi nesta estação que um comboio foi incendiado durante a noite de quarta para quinta-feira. Os estigmas deste incêndio ainda são visíveis, mas a carcaça carbonizada desapareceu desde então. 

O toque de recolher imposto pela prefeitura das 21h às 6h parece ter surtido efeito: as vielas da arborizada Cité de la Plaine estão quase desertas. Vários grupos de jovens, com menos de 16 anos, reúnem-se ao pé dos edifícios. Em aglomerados dispersos, os adolescentes começam a correr como patrulha da polícia municipal. Estamos muito longe das cenas de degradação que os habitantes de Clamart testemunharam há 48 horas.

Manifestantes em Montpellier

Em Montpellier, várias centenas de pessoas desafiaram a proibição de manifestação esta noite na cidade marchando a pedido de vários movimentos de esquerda, observou um jornalista e um fotógrafo da Agence France-Presse.

Ao final da manifestação, na Place de la Comédie, a polícia disparou gás lacrimogêneo e os manifestantes se dispersaram correndo em direção à prefeitura, alguns deles saqueando uma joalheria de passagem.