O deputado Hilton Coelho (PSOL) apresentou, na Assembleia Legislativa (ALBA), uma moção de solidariedade à petroleira Edilena Farias de Oliveira, mais conhecida como Leninha Petroleira, que está acampada na porta do Edifício Sede da Petrobras (Edise), centro do Rio de Janeiro. “Ela faz este ato desesperado centrado em sua luta pela vida. Mesmo com doença ocupacional atestada pela própria empresa, foi demitida durante a campanha salarial de 2009. Ela estava a caminho de tratamento médico em São Paulo, já autorizado pela empresa, para cuidar de diversas doenças adquiridas nos insalubres laboratórios de Refinaria Landulpho Alves-Mataripe (RLAM). Expressamos nossa total solidariedade e apoio à companheira”, afirma o parlamentar.
Hilton Coelho lembra que “Leninha busca que a Petrobrás garanta sua internação em hospital de referência para seu necessário e urgente tratamento médico. Sua determinação é a de se manter acampada na porta do Edisen até haver solução para esta questão. A sua declaração desesperada mostra a que ponto chegou: ‘Se for para aguardar a morte, esta será na porta da Petrobrás’. Sua determinação é enorme. Em 2009, a Petrobrás alegou justa causa, acusando abandono de emprego. Contudo, essa demissão ilegal ocorreu durante seu afastamento médico, registrado em CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e em fase de investigação avançada de outras doenças ocupacionais. Era a Petrobras que pagava mensalmente todos os medicamentos e produtos especiais para as doenças adquiridas, sendo a última compra realizada 20 dias antes da demissão, deixando-a sem assistência e com risco de vida”.
Já são quase 14 anos nessa condição de luta com um processo trabalhista que somente agora em maio deste ano foi para a segunda instância. Por várias vezes, ao longo destes anos de penúria, Leninha já demonstrou sua firmeza e decisão para que a Petrobras reconheça seus direitos e os erros cometidos. “Importante notar que, em vários destes protestos desesperados, a Petrobras acabou cedendo parcial e temporariamente. Voltaram a fornecer seus remédios, depois novamente suspensos; e ainda, por força de liminar, posteriormente cassada, chegaram a reintegrar Leninha em 2010. Apesar de todas as dificuldades que vem enfrentando, Leninha nunca desistiu. E está acampada em defesa da vida”, afirma o legislador.
Hilton Coelho finaliza afirmando que “Leninha é uma das mulheres que mais sofreram assédio na Petrobras, mas, apesar disso, e de sua saúde extremamente debilitada há vários anos, ela nunca parou de lutar pela vida e pela categoria petroleira. A determinação de Leninha é enorme e não é uma luta egoísta, individual, ela fala pelo conjunto da categoria. Expressamos mais uma vez nossa solidariedade diante de todas estas injustiças sofridas. Esperamos que ocorra amplo apoio, intervenção social e política em sua defesa. Que as representações políticas, sociais, parlamentares, partidárias se manifestem para garantir a urgente internação de Leninha. Além de fibromialgia e outras doenças ativas que necessitam de estudos avançados e manutenção de tratamento médico ininterrupto. A Petrobrás não pode e não deve se negar a cumprir seu papel social”.