Várias áreas da casa legislativa foram ocupadas pelos produtores
Tasso Franco , Salvador |
25/04/2023 às 19:14
Movimento forte dos produtores rurais
Foto: BJÁ
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. Centenas de produtores rurais do estado da Bahia se reuniram na Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 25, no auditório Jorge Calmon, nos corredores do primeiro piso e pátio da casa para pressionarem a Mesa Diretora a instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST para investigar as invasões de terras na Bahia, casos de violência e de extorsão. O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) autor do requerimento com as 30 assinaturas disse ao BJÀ que está cofiante na instalação da CPI e punição dos atos criminosos, inclusive de quem está financiando as invasões.
2. "Nós temos que investigar as invasões que são criminosas que têm ocorrido em nosso estado, trazendo uma reflexão sobre segurança pública, reflexos econômicos e sociais, portanto, devemos seguir e avançar para que os responsáveis por estes atos criminosos sejam identificados e conduzidos para esta responsabilização civil e criminal. Esse movimento que ocorre hoje na Assembleia demonstra a força do Agro em nosso estado. Eles serão representados, nós não aceitaremos a continuidade dessas invasões terroristas", comentou o parlamente.
3. Ao falar para a plateia no auditório Jorge Calmon, Leando deu "vivas a Jair Bolsonaro", desfraldou uma bandeira do Brasil e afirmou que Bolsonaro foi o presidente que mais conferiu títulos de terras aos brasileiros, mais de 99 mil.
4. Durante toda a tarde vários deputados da oposição e da base se expressaram em defesa dos produtores rurais e do projeto "Invasão Zero" e o encontro foi aberto pelo presidente da Casa, deputado Adolfo Menezes (PL), o qual já se posicionou várias vezes em defesa do agronegócio e contra invasões de terras pelo MST e outros. O presidente destacou que a análise do requerimento já está sendo feita pela Procuradoria Jurídica da Assembleia e vai aguardar o parecer para se pronunciar. "Vou seguir os trâmites da lei", comentou à imprensa.
5. Já o lider da oposição, deputado Alan Sanches (UB), disse ao BJÁ que não deseja politizar o assunto e confia na instação da CPI e na punição dois invasores. "O que está acontecendo na Bahia não pode continuar com grupos travestidos de movimentos de sem terras e ruralistas invadindo propriedades. Isso não pode ficar assim. Defendo a lei, a justiça e a punição de infratores", comentou.
7. Alan disse, também, que o movimento dos propdutores rurais tem uma enorme dimensão com representações de quase todas as regiões do estado é também um aviso ao governador Jerônimo Rodrigues diante de sua passividade.
8. O deputado Eduardo Salles (PP) e integrante da base governista disse no Jorge Calmon que assinou o requerimento da CPI, mas entende que CPI e o movimento Invasão Zero não se choca, mas é preciso ter objetividade e buscar o diálogo para se conseguir resultados. "Nós precisamos sentar a mesa, uma CPI, em sí, não resolve nada (nesse momento foi vaiado pela plateia) e dialogar com as autoridades que têm compaetência para resolver".
9. Salles lembrou que foi secretário da Agricultura no governo Wagner (ouviu mais vaias e disse que poderiam vaiar à vontade) e que, sendo agrônomo, estuda e acompanha esses movimentos de invasões há anos e observar que, mesmo nos assentamentos de longo tempo, como no Paraguaçu, de 100 assentados apenas 3 irrigam suas produções.
10. O deputado Robinho (UB) criticou a fala do deputado Salles e frisou que todo parlamentar tem que ter uma causa e não pode ter duas. Em seguida disse que "calango apertado entra no buraco de lagartixa". O parlamentar criticou a passividade do governador do estado e perguntou aos produtores rurais: - Qual a finalidade das invasões de terras? E respondeu: - Sou favorável a CPI do MST para que possamos esclarecer os fatos.
11. Robinho disse ainda que o PT é um partido de mistificadores e o presidente Lula no período do seu governo entre 2033-2009 só assentou 714 familias com 90 mil titulos de terra. Como Dilma a situação foi pior ainda havendo uma melhora com Temer e 10 milç assentamentos para 208 mil títulos de terras. Já Jair Bolsonaro foram 9 mil assentados e 404.000 titulos de terras.