Com informações da Agência Senado
Tasso Franco , Salvador |
20/03/2023 às 19:55
Senador Girão
Foto: Waldemir Barrêto
Ao comentar a respeito dos ataques criminosos ocorridos nos últimos dias no Rio Grande do Norte, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse em Plenário, nesta segunda-feira (20), que existe um paralelo entre a violência que ocorre nesse estado e a crise de segurança pública no Ceará em 2019.
— Não existe coincidência. Nada é por acaso na vida e nós precisamos, aqui, problematizar, juntar as peças para tentar, efetivamente, entender por que isso está acontecendo para que não deixemos mais acontecer.
O parlamentar afirmou que não pode ser uma "simples coincidência" esses dois estados serem governados pelo PT há muitos anos e o fato de as ondas de violência acontecerem logo após a sua reeleição. Lembrou ainda que no Ceará a crise foi deflagrada logo após a reeleição de um governo do PT, assim como acontece agora no Rio Grande do Norte.
Girão prosseguiu dizendo que a “onda de terrorismo" com a sucessão de atentados — com incêndios em ônibus, depredação em prédios públicos e no comércio — é resultado de exigências feitas por membros do crime organizado que reivindicaram, entre outras coisas, mais tempo durante as visitas íntimas e o direito de ter aparelhos de televisão. O parlamentar também criticou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, por não ter aceitado a proposta de intervenção federal em seu estado através da implementação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), para que as Forças Armadas possam atuar na segurança.
— Optaram apenas pelo envio de contingentes da Força Nacional de Segurança e pelo reforço com policiais militares do Ceará, como se este estado estivesse às mil maravilhas com relação à segurança pública. Olha, toda atitude fundamentada na solidariedade é sempre positiva, mas, neste caso específico, estamos diante de uma politicagem. Isso porque, há muitos anos, o Ceará, assim como o Rio Grande do Norte, governados por petistas, estão entre os estados mais violentos do Brasil, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Núcleo de Estudos da Violência da USP que acompanham o número de homicídios por 100 mil habitantes.
De acordo com esses estudos, esclareceu o senador, o nível máximo mundialmente tolerado é de dez mortes por 100 mil habitantes. O que tem ocorrido nesses dois estados nordestinos equivale a um nível de guerra civil, pois os indicadores são sempre superiores a 40, ou seja, quatro vezes mais do que o tolerado.