Deste lugar, sendo uma mulher, eleita presidente da Associação de Praças da Polícia e Bombeiro Militar da Bahia (APPMBA), em setembro do ano passado, e, com muito orgulho, PM há 18 anos: informo a quem possa interessar que qualquer ilação dos marginais que assediam mulheres em praça pública seja do bloco "A", "B" ou "C" em nada pode estar associado a nobre PMBA ou a classe policial como um todo.

Cabe a Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiro Militar defenderem e guardarem a lei. Tarefa que cumprimos muitas vezes arriscando nossas próprias vidas.

Vale dizer: fomos, com muita justiça, elogiados por nossa atuação firme, cirúrgica e cidadã nas mais de 60 cidades onde houveram carnaval de rua, em especial em Salvador e na Região Metropolitana. Portanto, os 29.979 mui dignos PMs que compõem o efetivo da ativa não podem ser tratados pela sra Flavia Azevedo – colunista do Jornal Correio, como pessoas de dupla personalidade, potencialmente tarados que durante o seu serviço atuam contra o crime e na rua como associado do Muquiranas assediam mulheres.

Repito: como mulher e cidadã, anseio a punição dos maus foliões que cercam, atacam e constrangem mulheres no Centro de Salvador durante ou pós carnaval. No entanto, toda e qualquer ilação desses marginais com a tropa deve ser rechaçada com veemência.

Durante o carnaval, a propósito, a PMBA fez 198 anos e nenhuma instituição pública e tão presente na vida dos 15 milhões de baianos sobrevive tantos anos se o seu saldo de prestação de serviço não for muito positivo pró-sociedade.

Caso haja algum PM envolvido no caso de assédio inaceitável do bloco As Muquiranas seja detectado por câmeras, ele será responsabilizado e que o referido Bloco pague por suas omissões e/ou excessos.

Um Presidente da República que também era PM – Juscelino Kubistchek - disse certa vez: “não podemos ter compromisso com o erro”. E não temos! Parafraseando JK, eu, Cabo PM Alaíce, acrescento: “toda e qualquer generalização além de um erro é uma injustiça prévia. Alcancem todos que cometem atos ilícitos, não generalize como se todos cometessem".