Enmra governo e sai governo e a cantiga é a mesma: aumentar impostos e a desesperança só aumenta (o niilismo)
Tasso Franco , Salvador |
28/02/2023 às 19:59
Prepare o seu bolso
Foto: BJÁ
Cresce a passos largos adesões ao niilismo no Brasil diante de tantas aberrações que se vê nos poderes da República conduzindo parte da população mais esclarecida ao desencanto.
O niilismo é uma doutrina filosófica e política que surgiu na Rússia no século XIX - época do czarismo - e se basseia, essencialmente, na descrença, na ausência de esperança, as pessoas admitindo não acreditar em nada.
Assim caminha o Brasil nos dias atuais e já algum tempo com condenados de colarinho branco sendo soltos, quer sejam políticos ou empresários; reajustes salariais acima de quaisquer inflações somente para aqueles que estão no topo do poder, farra de indicações a tribunais de contas, ódio, vingança, despudor, tudo junto e misturado deixando para a classe média e o povo apenas a missão de pagar a conta e não ter direitos.
Chegamos ao fundo do poço mas os poderosos não estão preocupados com isso, pois não têm limites e avançam em suas pretensões. Agora, pois, o presidente Lula volta a se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates e a partir desta quarta-feira, o governo federal volta com a cobrar dos impostos federais sobre os combustíveis. Mas com percentuais diferentes para gasolina e etanol.
Após reuniões e impasses entra a ala política e a ala econômica sobre o tema, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) detalharam nesta terça-feira (28) como será a volta dos impostos federais que incidem sobre a gasolina e o etanol a partir desta quarta-feira (1º).
Segundo Haddad, a reoneração será de: R$ 0,47 para a gasolina; R$ 0,02 para o etanol. Segundo o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, a reoneração parcial dos impostos vale por quatro meses, até junho. Ou seja, os impostos podem subir ainda mais em julho, pois voltarão a ser praticadas as alíquotas vigentes antes da desoneração, que são maiores.
A decisão final caberá ao Congresso, que vai analisar a MP e pode mudar o texto, afirmou Barreirinhas.
A questão básica junto à população é porque não disseram isso na campanha política. - Olha, nós vamos cobrar novamente impostos nos combustíveis. Pronto, seria o correto, sensato.
Os governadores só estão esperando o pontapé inicial do governo federal para majorarem o ICMS que, na Bahia, já foi de 27% e hoje está em 18%. Mas é claro que vai voltar, em breve aos 27%. Há dúvida nisso, meu obediente leitor. Para o Congresso mexer na lei é daqui pra li.
O que percebemos - entra ano sai ano - é que a política não muda no Brasil. O objetivo dos impostos sobre os combustíveis segundo o ministro Haddad é recompor o orçamento público. Alguém acredita nisso? A descrença só aumenta entre os brasileiros e o niilismo avança no seio da sociedade mais esclarecida. (TF)