Política

DEPUTADO DO NOVO CONSEGUE ASSINATURAS PARA CPI DO JUDICIÁRIO

Novo consegue assinaturas de CPI para investigar "abusos do Judiciário"
Grupo liderado por Marcel Van Hattem pretende apurar suposta violação de direitos e garantias praticadas pelo Judiciário
Tasso Franco ,  Salvador | 25/11/2022 às 09:09
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) anunciou que conseguiu o número assinaturas
Foto: Paulo Sérgio Ag Câmara
      As recorrentes ofensivas contra o Judiciário ganharam mais força na manhã de ontem. O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) anunciou que conseguiu o número suficiente de assinaturas para protocolar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Abuso de Autoridade — iniciativa que, segundo ele, tem a finalidade de investigar a "violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem a observância do devido processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade, por membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

O texto foi protocolado com 181 assinaturas. Casos específicos de supostos abusos de autoridade são citados no documento: a busca e apreensão nos endereços de oito empresários por terem compartilhado mensagens supostamente antidemocráticas em um aplicativo. "A decisão do ministro, que foi baseada única e exclusivamente em conversas de WhatsApp", justifica.

O segundo motivo é que, além das buscas, o magistrado determinou o bloqueio das contas bancárias e das redes sociais dos empresários, a tomada de depoimentos e a quebra de seus sigilos bancários. O terceiro motivo alegado pelo deputado foi a ocorrência de supostas censuras a parlamentares, à produtora Brasil Paralelo, à emissora Jovem Pan e ao jornal Gazeta do Povo. "É inadmissível que, sob o pretexto de combater a desinformação, o Poder Judiciário tenha o poder de decidir o que um veículo de imprensa pode ou não publicar", diz o texto.

"É uma CPI para buscar também pacificar o país nesse momento. Nós somos muito cobrados como parlamentares para que nesse momento ajamos. O parlamento precisa se situar no seu lugar de direito, que é a defesa da democracia", disse Van Hattem, em coletiva de imprensa. "Não é com esse tipo de atitude que estamos vendo que solucionamos os problemas que nossa jovem democracia tem."