Bahia jogou um feijão com arroz mal temperado, mas venceu o Brusque
ZedeJesusBarrêto , Salvador |
08/10/2022 às 18:41
Jacaré fez o dele
Foto: Felipe Oliveira
Foi apenas 1 x 0 sobre o fracote Brusque. Um triunfo insosso mas sem sustos, com mais um importante e decisivo gol de Jacaré. E bastou para aliviar o torcedor, pois o time deu mais um passo em direção ao acesso à Série A/2023, voltou a vencer e Barroca ganhou a primeira como treinador. O Bahia findou a 34ª rodada dentro do grupo dos quatro primeiros (nunca esteve fora do G-4) e mantém-se na terceira colocação. Restam quatro jogos, dois ainda em casa.
Tudo (ou quase nada) aconteceu na primeira etapa, truncada; o Brusque irritando com o antijogo permitido pela arbitragem até que Jacaré, aos 40 min, acertou um daqueles chutes de longe, indefensável. Os visitantes até tentaram jogar na segunda etapa, mas o Bahia ocupou bem os espaços, não criou nada mas não deu chances ao adversário e administrou até o final. Valeu pelos três pontos, a despeito da bolinha murcha jogada.
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Classificação
O Cruzeiro, já campeão, com 72 pontos, ainda joga. O Grêmio empatou com Londrina e tem 57, está na vice-liderança; O Bahia chegou a 56 pontos, colado. O Vasco é o quarto, fecha o grupo, tem 52 pontos e ainda joga mas não alcança o Bahia.
Sport, Sampaio Corrêa e Criciúma têm 49 pontos e o Ituano 48 – ainda na briga por uma vaga.
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Na Fonte Nova ...
- Sábado primaveril com tarde ensolarada, relvado de primeira e arquibancadas com cerca de 34 mil devotados tricolores presentes, empurrando.
- O Bahia há 5 jogos sem vencer, ainda ocupando a terceira posição, mas jogando uma bolinha cada dia mais murcha, o torcedor ressabiado, cobrando mais empenho. O Brusque... nas últimas, desesperado. O Bahia ganhou (2 x 0), no Sul.
- O Bahia de uniforme tricolorido, o Brusque inteiro de branco.
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Com bola rolando ...
- Um começo nervoso. O Bahia com a bola, trocando passes laterais e errando muito. O Brusque fechadinho atrás, três zagueiros de área, na boca da espera, jogado por uma bola, um vacilo do adversário, um contragolpe de sorte...
- Primeira tentativa de Mugni, aos 4 minutos, chute muito alto. Aos 17’, uma boa chance, na cabeçada de Goulart, após bom cruzamento de Vidal da direita, Jordan espalmou a escanteio. O Bahia ocupando mais o campo inimigo, chegando. Aos 24’, cruzamento de Mugni, outra cabeçada de Goulart, defesa de Jordan, que já ensebava, procurando quebrar o ritmo, diminuir a pressão do Tricolor.
- Um Bahia ansioso e o Brusque travando, apelando para as faltas e cai-cai. Aos 28’, outra tentativa com Caio Vidal, um chuteco. O time sulista morrinhando.
- Gol ! 1 x 0, Bahia. Jacaré, aos 42 minutos. Jogada individual, cortou da esquerda para o meio e bateu de longe, certeiro, no canto. Belo chute.
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Só um time tentou jogar, mesmo que sem inspiração. O Brusque postou-se defensivamente e só travou, fez faltas (16 em 45 minutos), encerou, tentou irritar o adversário... e levou o gol. Vai ter de se abrir e sair pro jogo. Ao Bahia cabe manter a pressão no segundo tempo, não recuar, finalizar. Foi um primeiro tempo de segunda.
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Segunda etapa:
- Aos 3’, falta alçada da direita, de longe, Luis Otávio se bateu com o goleiro Claus e quase saiu um gol contra. Deu pra ver a orientação do treinador Kleina para que os jogadores levantem a bola na área tricolor.
Impressiona a quantidade de erros de passes do Bahia na saída de bola defensiva para o ataque. E os espaços que o meio-campo dá aos adversários. E a lentidão na armação das jogadas. Um Bahia em campo já sem pressa, em ritmo de pelada de fim de semana. Jogo morno.
- Substituições, aos 18 min: Rezende e Copette nos lugares de Patrick e Vidal. Baya e Cryslan no Brusque. Um Bahia com controle do jogo mas sem ofensividade alguma. Nada cria, não chuta em gol. O Brusque por uma bola parada, alçada, um erro do adversário. Até o torcedor esfriou na arquibancada, apreensivo com o joguinho amarrado. Davó no lugar de Goulart. Deu 30... e nada acontecia. Kleina pôs sangue novo em campo, trocando defensores por atacantes, ao tudo ou nada.
- Aos 35’, depois uma sequência de erros desde o meio campo até a defesa do Bahia, o goleiro Claus precisou fazer uma defesa arrojada, nos pés do atacante Jailson, a bola rondando, sobrando. Por volta dos 40’, a torcida voltou a se manifestar, o time em campo na preguiça, acomodado. O árbitro acrescentou 5 minutos.
Deu Bahia, mesmo sem encantos, um alívio pra torcida.
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Destaques
Dizer o quê? No dia do nordestino, todas as homenagens a Jacaré. Pelo belo gol, pelo dia.
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Escalações
- Bahia: Clauss, André, Ignácio, Luis Otávio e Luiz Henrique; Patrick (Rezende), Mugni (Miquéias), Daniel e Ricardo Goulart (Davó); Jacaré e Caio Vidal (Copette). Treinador, Eduardo Barroca.
- Brusque: Jordan, Pará, Alemão, Bruno Aguiar, Wallace e Angelo; Rodolfo Potiguar, Luis Antonio, Trindade; Mascote e Talliari (Jardel, Baya e Cryslan, Jailson e Balloteli). Treinador, Gilson Kleina.
- Arbitragem de Goiás, com VAR. No apito, André Luis de Freitas Castro.
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Pela rodada 35ª, o Bahia vai enfrentar o Grêmio, no Olimpico, em Porto Alegre, no domingo, dia 16, às 16 hs. Casa cheia.
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Outros jogos da rodada:
- Criciúma 2 x 1 Náutico; CSA 0 x 0 Sampaio Corrêa; Chapecoense 1 x 1 Operário.
Londrina 1 x 1 Grêmio; Ituano x Guarani; Tombense x CRB; Ponte Preta x Vila Nova.
No domingo/9, em Recife: Sport x Cruzeiro.