Institutos erraram demais no 1º turnos e os eleitores não acreditam nos números que apresentam
Tasso Franco , Salvador |
07/10/2022 às 18:26
Eleitores na fila de votação em Salvador, Casa d'Itália
Foto: BJÁ
Os institutos de pesquisas estão divulgados novas pesquisas relacionadas ao 2º turno toda favoráveis a Lula. O DataFolha, hoje, apresentou o percentual de 49%; contra 44% de Bolsonaro. O PODERDATA, ontem, disse que Lula tem 52%; Bolsonaro com 48%; o IPEC, no dia 5, deu Lula 51%; Bolsonaro 43%; e QUAEST, ontem, votos válidos Lula 54% e Bolsonaro 46% ou 48% a 41% das intenções de votos, segundo o QUAEST contratada pela Genial Investimentos.
Veja que cada instituto dá um percentual todos eles indicando Lula como vitorioso e Bolsonaro com indicadores, em alguns casos, menores do que obteve no dia 2 de outubro 43.2%; e Lula, sempre acima do que obteve na real 48.4%.
Ora, não houve nenhuma movimentação tão extraordinária para que Lula subisse tanto, a ponto do IPEC, 48h após a eleição, colocar Lula com 51%. Ou seja, mais 2.4% do que o ex-presidente teve dia 2 de outubro. Que de fantástico Lula fez para crescer tanto? E que de calamitoso Bolsonaro fez para cair de 43.2% para 41%? Essa pesquisa foi divulgada dia 5/10 quando ainda se organizavam as novas alianças políticas entre ambos.
Hoje, o DataFolha apresentou que Tarcisio, candidato a governador de SP apoiado por Bolsonaro tem 50%; e Haddad apoiado por Lula 40%. São 10% a mais no maior colégio eleitoral do país e esses números, em percentuais mínimos que sejam, não aparecem para Bolsonaro.
No Rio Grande do Sul, pesquisa encomendada pelo Partido Liberal ao Paraná Pesquisas, divulgado nesta sexta-feira (7), para o segundo turno da disputa pelo governo, mostra o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) com 52,7% dos votos válidos. O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) aparece com 47,3% das intenções de voto. O segundo turno das eleições está marcado para 30 de outubro.
Veja o seguinte: Onyx é o candidato de Bolsonaro e Leite é do PSDB e já disse que não apoia Lula. Como, assim, não aparece um percentual mínimo para Bolsonaro nas pesquisas nacionais?
Nunca devemos duvidar das pesquisas porque elas retraram, segundo os especialistas, um determinado momento. Mas, também diante de tantos erros que todos os institutos cometeram no 1º turno não temos nenhuma obrigação, nem nós; nem os eleitores de acreditar nelas. As contradições seguem à vista de quem tem o minimo de discernimento.