Política

SENADORA SIMONE TEBET FOI QUEM TEVE MELHOR DESEMPENHO NO JN (TF)

Defendeu como foco principal de sua trajetória a presidente a educação
Tasso Franco ,  Salvador | 27/08/2022 às 08:39
Candidata do MDB no JN
Foto: REP

A senadora Simone Tebet, candidata do MDB a presidência da República, foi a última entrevistada pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcelos no JN e foi quem se saiu melhor entre todos os candidatos apresentando-se com linguajar objetivo, sem titubeações, sem demagogias e focada nos temas educação e geração de empregos. Sua fala no minuto final do programa, livre, com o resumo do porque deseja ser presidente também foi o mais convincente de todos, a ponto de deixar os experientes apresentadores boquiabertos e os telespectadores satisfeitos com sua mensagem.

 

Se alguém ainda tem dúvida de quem é a candidata do MDB e o que ela pretende implementar se eleita for, agora, deixou de tê-las e o JN ajudou de forma significativa nessa missão uma vez que é visto por milhões de pessoas. 

 

A senadora soube aproveitar os 40 minutos do programa para primeiro apresentar-se aos eleitores e ao país, nominando ações de sua vida política como prefeita de Três Lagos e vice-governadora do Mato Grosso do Sul, o que a maioria dos brasileiros desconhecia, dizer que é uma emedebista autêntica da linha Tancredo Neves e Mário Covas, falou diretamente às mulheres, focou com grande destaque o tema da educação - a mola mestra do desenvolvimento de vários países - e defendeu o empreendedorismo e a industrialização como forma de tornar o Brasil sustentável.

 

  Defendeu a igualdade de salários entre homens e mulheres e disse que até chegar à condição de candidata do MDB à presidência enfrentou uma corrida de obstáculos inclusive uma tentativa de "puxar o seu tapete" articulada (deixou entender isso) por Lula. Na entrevista, ressaltou que o MDB é “maior do que seis caciques”. “Tentaram levar o partido para (ex-presidente) Lula, judicializaram minha candidatura e foi rejeitada ação”, afirmou. “O MDB é um partido ético. Essa meia dúzia que esteve envolvida no petrolão do PT não está conosco”. É público e notório que nesta campanha articulação congênre triturou o PSB, o PCdoB e PSOL, hoje, partidos muletas do PT, os quais vão pagar um preço político enorme mais adiante por essa submissão.

  Simone entrou na corrida presidencial como a candidata da terceira via, após desistências de nomes como o do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) e do ex-governador João Doria (PSDB). Enfrentou forte resistência de seu próprio partido - uma ala do MDB defendia apoio a Lula já no primeiro turno das eleições. Ela afirmou que a “polarização” entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro “cooptou” alguns companheiros do partido. 

  A emedebista reservou a maior parte dos primeiro minutos da entrevista para fazer críticas às gestões de Lula e de Bolsonaro. “Eu sou a candidata de muitas pessoas que não querem voltar ao passado e não querem permanecer no presente”, disse. “Estamos diante de uma polarização política e ideológica que está levando o Brasil ao abismo.”

  Simone defendeu ainda o fortalecimento de mecanismos de transparência e fiscalização para o combate à corrupção. “Vamos estar investindo na independência no Ministério Público. No meu governo, vai haver transparência absoluta. Temos que deixar de lado esse presidencialismo de coalizão, que é de cooptação, que aconteceu no mensalão”, disse. Ela defendeu um “presidencialismo de conciliação”, trazendo para perto quem pensa como sua gestão. Ora, observação mais clara do que esta nenhum outro candidato fez na TV.

  O melhor de sua entrevista esteve relacionado no campo da educação: "Educação não tem como não ser prioridade nacional" e fez uma defesa enfática nesse segmento. "Qual é o direito social mais importante de um cidadão? É o direito ao trabalho. Não tem trabalho que não tem qualificação, ou tem um subtrabalho ou ele vai para a informalidade. Ele tendo educação, ele tem direito ao trabalho que garante comida na mesa, o aluguel, o lazer, a felicidade que dá esperança para as pessoas. Educação não tem como não ser prioridade nacional, ela vai ser prioridade nacional absoluta", disse a candidata.

  Questionada sobre os índices educacionais do Mato Grosso do Sul, Tebet disse que "era vice-governadora, não era governadora, então não tinha a caneta na mão". Em seguida, pediu para ser cobrada pelo trabalho como prefeita de Três Lagoas em seus dois mandatos.

"Me cobrem pelo que eu fiz como prefeita, aí eu posso falar. Fui uma das primeiras do Brasil a pagar hora atividade para o professor. Uma das primeiras do Brasil a pagar o piso salarial do professor[..] A gente avançou, o problema que avançou muito lentamente" afirmou.

  Nossa impressão é de que o bom desempenho da candidata no JN poderá lhe render algumas adesões populares à sua candidatura e se for feita uma pesquisa para avaliar quem mais se beneficiou com o programa de entrevistas do JN, diríamos que a senadora ficou na primeira posição. (TF)