O amplo trabalho social desenvolvido pela FUNDESB (Fundação dos Deficientes do Sul da Bahia) foi destacado durante sessão especial segunda-feira (15), na Câmara de Itabuna. Fundada pelo saudoso Iacilton Queiroz, a entidade completa 38 anos com uma crescente de serviços para pessoas com deficiência, idosos ou em vulnerabilidade.
O presidente Napoleão Santana, já no terceiro mandato, destaca conquistas como atendimento psicológico, jurídico e social. É assim com a oferta de fraldas, cestas básicas, cadeiras de banho, concessão do passe livre intermunicipal, interestadual, ou mesmo com a roda de conversa na Faculdade Santo Agostinho, chamada Saúde Mental na Pandemia.
Ele calcula que beira 570 o número de associados e há várias necessidades, como uma sede com espaço maior, banheiro acessível, combustível para visita a pessoas acamadas que não possam ir à sede da entidade, além de material de expediente
O relato foi acompanhado pelos vereadores. Israel Cardoso (Agir), autor da sessão, enalteceu a importância de o Legislativo dar protagonismo às instituições que prestam grande serviço em Itabuna e às vezes ficam no anonimato. Ao mesmo tempo, identificar as demandas e propor soluções. “É preciso reconhecer e parabenizar pelos 38 anos na defesa das políticas públicas para pessoas com deficiência”. Wilma de Oliveira (PCdoB), também assistente social, mencionou a relevância de “instituições se irmanarem no propósito de assegurar direitos para nosso povo”. Pastor Francisco (Republicanos) citou carências ainda não atendidas na área social, a exemplo da acessibilidade. Entre os setores mais problemáticos, o transporte.
Equipe e assistidos
Tendo como vice-presidente Ednaldo Miranda, a Fundesb soma uma equipe de sete pessoas. Além da presidência, tem assistente social; assistentes administrativas, secretário e motorista. A assistente social Cássia Fernandes conta ter começado na Fundação como estagiária, há oito anos, e esbanja satisfação pela importância dos atendimentos ali prestados. “O que faz a diferença é o acolhimento não apenas às pessoas com deficiência, mas todo o público que chega lá”, testemunha.
Uma das assistidas, Marizete Vieira, é paciente oncológica há sete anos. Ela comemora a recente conquista do vale-transporte e uma carteira que dá desconto em consultas. “A Fundesb faz um trabalho não só para cadeirantes. Quem chega lá tem ajuda. Todas as vezes que eu precisei de psicólogo, ele tava; hoje não preciso mais. A gente aprende a ser feliz”, garante. Aplaudido de pé, o escritor cadeirante Junoca defendeu que mais pessoas com deficiência saiam às ruas: “Vou com minha cadeira onde eu quiser. Se tem buraco, cai e levanta; o importante é não ficar em casa”, orienta.