Com Terra informações
Tasso Franco , Salvador |
03/08/2022 às 12:52
A discórdia em torno de Molin
Foto:
A negativa do PT do Rio em apoiar Marcelo Freixo (PSB) vai provocar mudanças na agenda da campanha de Lula no Estado. Em vez de ações em regiões onde Freixo tem vantagem, Lula deve ter compromissos mais voltados à Baixada Fluminense.
O rompimento anunciado nesta terça-feira, 2, decorre da insistência do PSB em lançar Alessandro Molon para o Senado – o PT queria exclusividade na candidatura de André Ceciliano (PT) e afirma que um acordo entre as duas siglas foi quebrado.
Se confirmado em reunião da executiva nacional, prevista para quinta-feira, 4, o rompimento pode abrir a brecha para uma nova aliança de Lula no Rio, com Rodrigo Neves (PDT).
Além disso, o presidenciável teria o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), e o de Maricá, Fabiano Horta (PT), como seus articuladores no Estado.
A campanha de Freixo conta com a palavra de Lula, que se comprometeu em apoiá-lo. Membros da direção nacional do PT não enxergam possibilidade de acordo sem a retirada da candidatura de Molon, que segue irredutível.
“Nossa pré-candidatura já tem o apoio de quatro partidos – PSB, PSOL, Rede e Cidadania – e aparece em primeiro lugar na última pesquisa para o Senado. Mais uma vez reafirmo: não fiz e não participei de qualquer acordo para ceder ao PT a vaga para o Senado. Temos o dever de derrotar o bolsonarismo no Rio de Janeiro. Isso é o mais importante e é em torno disso que a unidade do campo democrático deve ser construída. Não podemos repetir os erros do passado. O momento gravíssimo que o Rio de Janeiro enfrenta exige bom senso e responsabilidade”, disse Molon em nota.