Política

IGREJA DA MADALENA LOCAL ONDE ACONTECEU FUNERAL DE DOM PEDRO II, PARIS

Local também tem forte relação com Salvador com a lavagem da Madelena festa inspirada na Lavagem do Bonfim
Tasso Franco , Paris | 17/07/2022 às 04:54
Igreja de Santa Madalena onde deu-se o funeral de dom Pedro II
Foto: BJÁ
      A Igreja da Santa Madalena, situada perto da Praça da República, em Paris, se destaca pela arquitetura em forma de templo clássico grego e tem uma relação muito forte com o Brasil uma vez que neste local aconteceu o funeral de dom Pedro II, em 1891, dois anos depois do golpe militar que resultou na Proclamação da República. 

     Dom Pedro II passou seus últimos anos de vida em Paris, hospedado no Hotel Bdlford e morreu no quarto do hotel, em 5 de dezembro de 1891, sem ver novamente o país que governou por quase 50 anos. Narra-se que já estava adoentado e depois de um passeio às margens do Rio Sena, em momento de inverno com baixas temperaturas na cidade, contraiu uma pneumonia.

   A Princesa Isabel desejava realizar uma cerimônia discreta, mas aceitou pedido do governo francês de realizar um funeral de Estado. Segundo Le Petit Jorunal, milhares de pessoas compareceram a cerimônia realizada na Igreja de la Madeleine. 

   Além da família de Pedro II, estavam: o ex-rei Francisco II das Duas Sicílias, a ex-rainha Isabel II da Espanha, Luís Filipe, Conde de Paris, e diversos outros membros da realeza europeia. Também estavam presentes o General Joseph Brugère, representando o Presidente Sadi Carnot, os presidentes do Senado e da Câmara, assim como senadores, deputados, diplomatas e outros representantes do governo francês.

   Outra relação da Madalena dá-se com Salvador da Bahia. Neste local é realizada a Lavagem da Madalena, há 20 anos, inspirada na Lavagem do Bonfim.

    A Lavagem da Madeleine chegou à sua 18ª edição, em 2019, e deverá retornar em 2022 com o fim (aparente) da pandemia do Coronavirus. Foi criada por Roberto Chaves, e traz a cada setembro o sincretismo e a música baiana para as ruas da capital francesa. Em 2017, Margareth Menezes, brilhou no desfile e a TV Bahia mostrou em reportagem de Vanda Chase, salvo engano.

  O cretejo sai da Praça da República, no 10º distrito, e percorre 3,5km que separam a praça da Igreja da Madeleine, no 8º distrito. Além da tradicional Ala das Baianas, o desfile é composto também índios – uma homenagem aos povos autóctones do Brasil. O cortejo no último desfile ganhou um tom político.

 
   O TEMPLO

   A construção começou próxima do ano 1764 por Contant d´Ivry, sendo logo refeita com planos de Guillaume Couture (1777). Durante a Revolução Francesa, as obras foram suspensas de 1790 a 1805. Em 1806, por conta da tendência anticlerical da época, se transformou em um templo em homenagem ao Grande Exército, função que desempenhou até a construção do Arco do Triunfo, que a substituiu nessa função.

   Em 1842, foi consagrada como igreja católica, função que continua desempenhando na atualidade. Tem missas aos sábados e domingos e no resto da semana fica fechada, o que é um absurdo.