Política

VISITA MACRON A KIEV PODE INFLUENCIAR ELEIÇÕES LEGISLATIVAS NA FRANÇA

Segundo turno acontece domingo, dia 19
Tasso Franco , Paris | 16/06/2022 às 14:40
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, em coletiva na Ucrânia com Macron
Foto: REP

  Repercute intensamente na França às vésperas do segundo turno das eleições legislativas que acontece no domingo próximo, 19, a visita do presidente Emmanuel Macron à Kiev, Ucrânia, juntamente com os premieres da Itália e da Alemanha.

"A Europa conseguiu escolher seu lado", disse Emmanuel Macron, em visita a seus colegas alemães e italianos em Kyiv. “A mensagem mais importante é que a Itália quer a Ucrânia na UE”, acrescentou Mario Draghi e a Alemanha espera uma “decisão positiva”, concluiu Olaf Scholz. Também esteve presente o presidente romeno  Klaus Iohannis, todos em coletiva à imprensa ao lado presidente ucraniano Volodymyr Zelenski.

Os partidos de oposição a Macron criticam a postura que consideram oportunista do presidente francês, o qual teria demorado de agir em relação a guerra da Ucrânica, mas, o presidente francês - segundo o outro lado, do seus partidários - fez uma jogada de mestre ao mostrar que a Uunião Européia está unida, não só em relação a Ucrânia, mas a todas as questões relacionadas com a Europa.

 Segundo o Le Monde, o secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, pediu na quinta-feira que a Rússia concorde rapidamente com a abertura dos portos ucranianos para permitir que os milhões de toneladas de grãos armazenados lá sejam exportados, após várias discussões na ONU. Moscovo "deve agir imediatamente para abrir estes portos e pôr fim a esta guerra" , sublinhou o ministro durante uma conferência de imprensa. "É uma coisa séria, não devemos usar a comida como arma ", insistiu.

Sobre as discussões em curso, o ministro explicou que espera que os russos negociem “a sério e que não o façam apenas para criar uma imagem” destinada a fazer as pessoas acreditarem na sua boa vontade. “Encorajo a Rússia a primeiro encerrar esta guerra e, em segundo lugar, garantir que negocie de boa fé sobre a reabertura dos portos e que o faça rapidamente. Porque a necessidade é imediata ”, insistiu.