Um dos deputados mais equilibrados da Assembleia Legislativa
Tasso Franco , PARIS |
29/05/2022 às 05:29
Em video, Tom explicou a desistência devido tratamento de câncer
Foto: REP
Depois de muitas dúvidas e expectativas entre familiares, amigos, apoiadores e até mesmo de adversários políticos, quanto a candidatura ou não de Tom Araújo para concorrer ao quarto mandato de deputado estadual pelo União Brasil, chegaram ao final neste sábado, 28, após ele próprio gravar um vídeo e publicar em redes sociais explicando a desistência. Vale lembrar que Tom Araújo passou por uma delicada cirurgia para retirada de um tumor maligno no intestino no dia 11 de setembro do ano passado.
"Depois de passar por esse momento tão difícil, ter descoberto um câncer raro no intestino, eu preciso cuidar um pouco de mim. Estou bem, mas preciso parar um pouco, cuidar mais da minha saúde, estar mais perto da minha família, fazer todas as minhas revisões. Por isso eu decidi não disputar as eleições de 2022", escreveu.
"O amor que eu sinto por vocês jamais vai acabar, a nossa amizade foi construída com muito carinho e respeito. Estaremos sempre juntos, em todos os momentos", finalizou.
QUEM É TOM
Wellington Passos de Araújo que nasceu em 4 de abril de 1976, (46 anos) ganhou o apelido ainda criança de Tom, filho mais novo do líder político de Conceição do Coité, Hamilton Rios de Araújo, que governou o município por dois mandatos (1973-1976) e 1983-1988) pode dizer que nasceu político, ainda não sabia falar quando discursava em eventos institucionais e políticos no período que seu pai estava a frente da administração pública, com o então vice-prefeito Emério Resedá ‘cochixando” ao seu ouvido o que deveria falar ao microfone.
Nascia ali o herdeiro político de HR que passou a ser tratado como prefeito mirim e sua popularidade só aumentou, quando no ano 2000 foi eleito um dos prefeitos mais jovem do Brasil, aos 24 anos. Quis o destino que Tom concorresse, tendo o seu sogro o deputado estadual Emério Resedá, apoiado seu principal opositor, Eustórgio Resedá de quem é irmão.
Embora tivesse sido preparado desde muito cedo, a eleição de Tom foi vencida com muita tranquilidade, a maior frente em votos da história, mas sua gestão não foi bem avaliada no final, de maneira que não concorreu a reeleição e apoiou seu primo Éwerton Rios “Vertinho” para o terceiro mandato em 2004.
Tom ficou sem cargo político durante quatro anos, até que acatou o pedido de Emério Resedá para lhe suceder na Assembleia Legislativa e concorreu a deputado estadual em 2010 quando se elegeu, foi empossado em fevereiro de 2011 e de lá para cá venceu outras duas eleições. Ele deixa a ALBA em fevereiro de 2023.
Atuação na ALBA
Vice-líder da Bancada da Minoria, ALBA, 2011; vice-líder do Bloco Parlamentar PMDB/DEM, ALBA, 2013. Vice-líder do DEM, ALBA, out.2013-2014. Líder do Bloco Parlamentar DEM/PV, ALBA, 2017-2018. Vice-líder do Bloco Parlamentar DEM/PRB, 2018; vice-líder da Minoria, ALBA, 2021- mar. 2022. Líder do Bloco Parlamentar DEM/MDB, mar. 2022- abril. 2022. Líder do Bloco Parlamentar União Brasil/PL, abril. 2022.
Na Assembléia Legislativa: 2º vice-presidente da Mesa Diretora ( 2015-2017); 2º secretário da Mesa Diretora (2019-2021); presidente da Comissão de Infra-estrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo (2011); vice-presidente da Comissão de Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle (2014); titular das Comissões: Agricultura e Política Rural (fev.-out.2011, 2021-2022), Saúde e Saneamento (2013-2014), Meio Ambiente, seca e Recursos Hídricos (2017-2018), Infra-Estrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo (2022); suplente das Comissões: Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público (fev.-out.2011), Extraordinária para Acompanhar a Privatização dos Cartórios (2012, 2014), Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos (2013-2014), Infra-Estrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo (2017-2018, 2021).