Na Bahia já viraram muletas há muito tempo
Tasso Franco , Salvador |
21/04/2022 às 08:33
Ciro Gomes
Foto: DIV
O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, teceu críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve oficializar o pré-candidatura para retornar ao Palácio do Planalto em 7 de maio. Segundo Ciro, “Lula está destruindo as organizações partidárias, principalmente aquelas que podem fazer sombra a ele” para somar forças políticas e eleitorais. Os pafrtidos são PCdoB, PSOL e PSB.
Para Ciro, não há dúvidas sobre a culpa de Lula em denúncias de corrupção. Ele revelou ter presenciado ilegalidades e avisado ao petista quando esteve no governo, mas foi ignorado. “Eu sei que o Lula é absolutamente responsável por ter levado a corrupção ao centro do poder no Brasil. Eu sei disso. Eu estava lá”, afirmou em sabatina do Uol nesta quarta-feira (20).
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Ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula entre 2003 e 2006, Ciro descartou qualquer chance de nova aliança com o petista para as eleições de outubro deste ano. “Já me antagonizei com Lula em três eleições, fui ministro dele, me afastei, vi o Lula se corrompendo. Mas hoje, francamente, não me agrada em nada dizer isso, mas Lula é parte central do problema brasileiro”, frisou.
Opositor também do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro classificou o atual mandatário como uma opção “pior” do que Lula. “O pior é Bolsonaro, sem nenhuma dúvida, porque ele é um grande corrupto, um grande incompetente e fascista. O Lula é uma pessoa que não tem nenhum escrúpulo de natureza moral, não tem nenhuma visão, é um arquiconservador, está destruindo a política brasileira, especialmente o campo progressista, mas é do campo da democracia. Isso faz uma diferença”, apontou.
Ciro afirmou ser o único presidenciável com força capaz de derrotar Lula e Bolsonaro na polarização de votos apontada em pesquisas prévias. Ele busca apoio do União Brasil, que já lançou Luciano Bivar como pré-candidato, e do PSD, que tem o presidente nacional Gilberto Kassab em busca de um nome para ser candidato.
Apesar da busca de alianças, Ciro informou que vai proteger seu projeto de desenvolvimento nacional até julho, quando devem ter início as convenções partidárias para definição dos candidatos oficiais, para então conversar e decidir qualquer postura que possa ser assumida de forma conjunta.
Ainda assim, ele se mantém aberto para conversas com o União Brasil. Ele repetiu que conversou com Bivar, que também preside o União Brasil, e declarou que qualquer aliança tem como exigência o acordo sobre problemas do Brasil.
“Eu consigo que dialogar nesse instante é fundamental, mas a minha condição para esse diálogo, que era não ter um inimigo da República na mesa, está superada. Agora nós temos que entender qual é o sentido desse diálogo, que para mim são dois absolutamente imediatos um ao outro”, iniciou.