Política

MOTOCIATA EM SP: MILHARES PARTICIPARAM E TEVE APOTEOSE PARA BOLSONARO

Maioria dos participantes vestia verde e amarelo e portava bandeias do Brasil
Tasso Franco , Salvador | 15/04/2022 às 18:39
Uma multidão com Bolsonaro em Americana
Foto: O Liberal
  Milhares de apoiadores prestigiaram o presidente Jair Bolsonaro (PL) no recinto da Festa do Peão de Americana, nesta sexta-feira (15). Segundo a Polícia Militar, 20 mil pessoas compareceram no evento. Os organizadores, porém, falam em 60 mil.

Ao LIBERAL, a organização não conseguiu estimar a quantidade de motociclistas que participaram da motociata, denominada “Acelera para Cristo”, mas afirmou que as motos fizeram uma fila de 90 quilômetros.

O passeio comandado por Bolsonaro começou em São Paulo, por volta das 10 horas, e passou pelas rodovias dos Bandeirantes (SP-348) e Luiz de Queiroz (SP-304) antes de chegar ao recinto da Festa do Peão, o Parque de Eventos CCA (Cube dos Cavaleiros de Americana).

O presidente apareceu no local às 13h05 e discursou por dez minutos. Depois, deslocou-se de carro até o Aeroporto Municipal de Americana, de onde saiu por volta das 15 horas.

Essa foi a segunda vez que um presidente em exercício visitou Americana. A primeira ocorreu em 2017, com Michel Temer (MDB).

Tráfego 
Por conta da motociata, as rodovias dos Bandeirantes e Luiz de Queiroz precisaram ser interditadas. O tráfego na Bandeirantes sentido interior, de acordo com a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), foi retomado às 11 horas em esquema de comboio.
MOTOCIATA

Milhares de motociclistas participam em São Paulo neste sábado (12) de mais uma "motociata" com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com o presidente à frente, a manifestação intitulada "Acelera para Cristo" começou às 10h, na região de Santana, zona norte da capital, e irá terminar no obelisco do Ibirapuera. 

Gritos de "aqui é Bolsonaro", "viva, Bolsonaro" e "isso está gigante" se misturaram com barulho de buzinas e ronco dos motores das motocicletas. Houve também gritos contra a imprensa e o governador João Doria (PSDB), adversário político do presidente.

Saindo de Santana, a 'motociata' segue pela marginal Tietê, a partir da ponte Governador Orestes Quércia, e continuouá até o quilômetro 62 da Rodovia dos Bandeirantes, já fechada em todos os acessos à espera da passagem do presidente e de seus apoiadores.

Em nota nesta sexta-feira, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirmou que haverá um efetivo de mais 6.300 policiais a postos. O policiamento será reforçado em toda a capital, na região metropolitana e na rodovia dos Bandeirantes. Também os pontos de concentração e dispersão do ato terão patrulhamento ampliado.

Para tanto, a polícia diz que contará com diferentes batalhões, com cerca de 2.100 viaturas, cinco aeronaves e dez drones. A operação também contará com apoio de CET, Guarda Civil Metropolitana e AutoBAn.

Na reunião com a PM, foram estabelecidas algumas regras: as motos deverão estar todas emplacadas e não poderão trafegar a mais de 40 km/h. Será proibido empinar o veículo, e todos deverão usar capacete e máscaras.

O evento vinha sendo pensado há cerca de um mês com proporções bem mais modestas, organizado por um grupo de comerciantes, com Vilar à frente, e de igrejas evangélicas do estado.

Mas o ato cresceu muito desde que Bolsonaro confirmou participação, o que inclusive começou a incomodar alguns representantes de associações de motociclistas, que dizem que o evento foi "sequestrado" por líderes religiosos sem relação com o universo motoqueiro.

Em parte, a ideia é compensar o cancelamento presencial do maior evento evangélico do país, a Marcha Para Jesus, por causa da pandemia. A marcha costuma ocorrer no mês de junho.

O presidente tem no meio evangélico uma base de seguidores fiel, embora a última pesquisa Datafolha tenha apontado um empate técnico com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no apoio dado por este segmento.

Mais recentemente, Bolsonaro passou a receber também o apoio de muitos motociclistas, que se organizam no Brasil em diversos clubes de aficionados pelas duas rodas. Grande parte deles associa o presidente, que é motociclista amador, à defesa da liberdade.

Bolsonaro também promoveu a redução do valor do seguro obrigatório e acenou com a isenção de pedágio em estradas federais para os motociclistas.

O ato, incentivado por Bolsonaro nos últimos dias em suas redes sociais, ocorre duas semanas após protestos contra o presidente, convocados pela esquerda, terem reunido milhares de pessoas em diferentes cidades do país.