Mesmo discurso de Waldir Pires, em 1987,m quando renunciou ao governo da Bahia
Tasso Franco , Salvador |
28/03/2022 às 20:02
Eduardo Leite deixa os gaúchos que o elegeram decepcionados
Foto: REP
Após semanas de indefinição a respeito de seu futuro político, o governador Eduardo Leite anunciou nesta segunda-feira (28) que vai renunciar ao cargo. O comunicado da decisão foi feito em entrevista coletiva, no Palácio Piratini.
— Vou renunciar ao poder para não renunciar à política — disse Leite, em um vídeo apresentado antes do início da coletiva.
O governador também confirmou que vai permanecer filiado ao PSDB — ele estava avaliando a possibilidade de migrar para o PSD para ser candidato a presidente. O movimento permite que Leite esteja apto a concorrer a outros cargos nas eleições de outubro, inclusive à Presidência da República.
Quem é Ranolfo Vieira Júnior, novo governador do RSQuem é Ranolfo Vieira Júnior, novo governador do RS
Com a renúncia, assume o comando do governo gaúcho o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, que acumula a função de secretário da Segurança Pública desde o início da gestão. Ranolfo é pré-candidato a governador pelo PSDB. O ato de renúncia deverá ser formalizado na próxima quinta-feira (31).
— Tenho absoluta confiança na condução do Ranolfo. Sempre esteve ao nosso lado para acompanhar cada uma das políticas públicas — disse Leite.
O governador classificou a eleição deste ano como "crítica" e fez referência a declarações do presidente Jair Bolsonaro no fim de semana sobre "inimigos internos". Também alfinetou o PT, partido do ex-presidente Lula, afirmando que a sigla gerou "terreno fértil" para o surgimento de discursos autoritários.
— A solução para o nosso país, que passou por um época difícil, com inflação, desemprego, crescimento tímido, não está em procurar culpados internamente, mas buscar em nosso potencial o que pode ser feito para superar esses desafios. Estou dando minha contribuição para que se consiga viabilizar um entendimento e apresentar uma alternativa aos brasileiros para que se possa, a partir de 2023, implementar as reformas que são necessárias.