Política

ATAQUE RUSSO A BASE PERTO DA POLÔNIA DEIXA AO MENOS 35 MORTOS

Guerra entra no 18º dia e se torna mais sangrenta
Tasso Franco , Salvador | 13/03/2022 às 10:41
Forças Armadas da Rússia não cessam os ataques
Foto: REP
  No décimo oitavo dia da guerra na Ucrânia, domingo 13 de março, as forças russas bombardearam uma base militar perto de Lviv, no oeste da Ucrânia, perto da fronteira polonesa, disseram autoridades ucranianas. Estima-se que 35 militares morreram e há 130 feridos.

Kiev teme o cerco das forças russas. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky prometeu uma "defesa implacável".

O exército russo bombardeia pesadamente as cidades portuárias de Mykolaiv e Mariupol. Este último, mergulhado em uma situação crítica, "quase desesperado" segundo Médicos Sem Fronteiras (MSF), espera a chegada no domingo de um comboio de ajuda humanitária que está bloqueado há mais de cinco horas em um posto de controle russo no sábado.

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou neste sábado as forças ucranianas de "violações flagrantes" do direito humanitário durante uma discussão com Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz. “Mentiras”, reagiu o Eliseu, que pediu à Rússia “um cessar-fogo imediato” e “levantar o cerco” de Mariupol, onde a situação é “humanamente insustentável”.

Mais de 250 pessoas que protestavam contra a invasão militar russa da Ucrânia no domingo foram presas em toda a Rússia, segundo a OVD-Info. “Pelo menos 268 pessoas já foram presas em 23 cidades”, informou em seu site esta ONG especializada em monitorar manifestações.

Jornalistas da Agence France-Presse (AFP) viram vários manifestantes serem presos manu militari em Moscou e São Petersburgo, a segunda maior cidade do país.

Em Moscou, algumas dezenas de pessoas desafiaram a proibição de manifestações reunindo-se na praça Manezhnaya, perto do Kremlin. Pelo menos trinta manifestantes e um jornalista foram levados pela polícia, segundo a AFP. Vários policiais desenharam a letra “Z” em seus capacetes, um sinal de reconhecimento para expressar seu apoio aos soldados russos que lutam na Ucrânia.


JORNALISTA MORTO


No extremo noroeste de Kiev, na cidade de Irpin, um jornalista americano foi morto e outro ferido por balas no domingo, apurou a Agence France-Presse de fontes concordantes. As forças ucranianas estão lutando contra as forças russas lá.

Os dois homens foram atingidos enquanto dirigiam com um civil ucraniano, também ferido, disse à AFP Danylo Shapovalov, médico envolvido com as forças ucranianas que cuidaram das vítimas. Um jornalista da AFP viu o corpo do jornalista assassinado.