Política

NA BRIGA ENTRE O ROCHEDO E O MAR PODE DAR MOEMA E RUI DEP FEDERAL (TF)

Veja nosso comentário com base no que está em andamento
Tasso Franco , Salvador | 08/03/2022 às 09:38
A estrela de Moema tem forte padrinho que é Lula
Foto: REP
    O PT deixou bem claro para o senador Otto Alencar (PSD) e ao vice-governador João Leão (PP) que eles e seus partidos são ótimos para apoiar e participar do projeto governamental na Bahia, porém, apenas como coadjuvantes. No comando das ações, ou seja, no topo da escada como governadores são vetados.

   Não só o PSD e o PP, mas qualquer outro partido da base que queira ascender a essa posição. A deputada Lidice da Mata (PSB), em 2014, teve essa ousadia e coragem política no enfretamento a Rui Costa (PT) e ao DEM, Paulo Soto, colocando-se como terceira via ao eleitorado, porém, além de ter dado azar com a morte do candidato a presidente do seu partido, Eduardo Campos, sua estrutura de campanha e alianças no interior era reduzida.
  
   Rui foi eleito e Lidice e o PSB cometeram o erro de retornarem no apoio ao governo estadual e ao PT sepultando a terceira via sem experimentar o seu prolongamento. Hoje, o que se percebe é que o PSB tornou-se refém do PT, Lidice inclusive já tinha exposto apoio a pré-candidatura Wagner, e agora com esse rolo na formação da chapa majoritária o seu partido está imobilizado.
  
   Otto Alencar já se conformou em ser candidato ao Senado e admitiu em entrevista que nunca almejou sua candidatura a governador. Temos que respeitar a opinião do senador, porém, sua pré-candidatura nasceu a partir da reunião de São Paulo quando foi exposta a Lula a intenção de Rui Costa ser candidato ao Senado. 

   Portanto, é verdade que Otto nunca quis ser candidato a governador por iniciativa dele e do seu partido, mas, as circunstâncias da possibilidade de Rui disputar o Senado o levaram a essa condição.
  
   O caso do governador João Leão é mais complicado porque o pepista, na inicial, manifestou sua intenção de ser candidato a governador. Sua intenção não prosperou porque Leão não encontrou apoio da base, em especial, do governador Rui e do PT. Recuou e ficou na moita. Com a possibilidade de ser governador tampão na hipótese de Rui ser candidato ao Senado, acalmou-se. 

  E, agora, com a decisão do PT aparentemente aceita pelo governador de ficar no mandato até o final do exercício, Leão recebe o segundo veto e teria se irritado, com razão. Há, inclusive, quem defenda seu rompimento com o governo Rui e um alinhamento na campanha de ACM Neto.
  
  Certamente Rui vai conversar com Leão para apaziguá-lo e mantê-lo na base. É uma missão dificil uma vez que está claro, meridiano, que os petistas não querem Leão no topo do goveno. Um politico petista chegou a dizer em A Tarde se tratar de um alivio o afastamento de Leão. 

   A prefeita de Lauro de Freitas, que já foi adversária de Leão e está relacionada como uma dos nomes do PT como candidata a governadora, ao contrário, acha que Leão deve ter um melhor tratamento.
  
   Numa hipótese terceira mantendo-se Leão como governador tampão a Rui caberia, assim, ser candidato a deputado federal, o que contemplaria a todos e manteria a base unida. Mas, a questão está no`PT, sobretudo nas bancadas estadual e federal, que temem Leão como governdor e suas pretensões eleitorais.
 
  Todos esses caminhos, evidente, independente das reuniões dos diretórios petistas - que pouco valem - passarão ainda pelo crivo final de Lula. 
 
  Arriscaria a seguinte chapa para reinar mediana paz na base: Jerônimo Rodrigues, candidato a governador; Otto Alencar, candidato à reeleição, Senado; um pepista na vice; Rui candidato a deputado federal; João Leão governador por oito meses. 

  Na hipotese do acirramento da disputa à cabeça de chapa entre Jerônimo (Rui) x Caetano (Wagner) pode dar Moema (Lula).