PT também quer emparedar Rui mantendo-o na gestão até dezembro e tirando a chance de Leão ser governador.
Finalmente, o ex-governador Jaques Wagner, que havia adiantado o carro à frente dos bois dando um 'by-pass' no governador Rui Costa e lançado sua pré-candidatura a governador no segundo semestre de 2021, anunciou hoje no seu twitter que não mais concorrerá mesmo que o diretório estadual do PT insista, dedicando-se a pré-candidatura Lula "para reconstruir o Brasil".
Comn isso, o diretório lançou os nomes de Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas, e/ou do secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues, como novas opções do partido à cabeça da chapa deixando bem claro que não aceita uma possível candidatura de Otto Alencar, senador do PSD.
Isso, aliás, já era esperado e certamente não foi surpresa para Otto, muito menos para o senador Angelo Coronel, também do PSD.
O que causa algum arrepio na base é que o PT deseja que o governador Rui fique até o final do seu mandato comandando o Estado e, aparentemente, a sua sucessão, o que tirararia a possibilidade de João Leão (PP) assumir interinamente o governo do Estado a partir de abril, caso Rui fosse (ou for) candidato a senador, o que parece seu desejo e lhe garantiria um mandato dada a sua popularidade.
Com essa posição do PT local o acerto que teria sido feito em São Paulo (vide foto) com Lula em reunião já devidamente divulgada na qual teria sido o martelo batido tendo na cabeça da chapa Otto Alencar (PSD), ao Senado, Rui Costa (PT) e na vice um nome do PP com Leão assumindo o governo a partir de abril, esse acerto não estaria mais valendo.
Ora, essa é a posição do PT local e resta saber se Lula vai concordar com ela observando as peculiaridades dos apoios nacionais à sua candidatura ou não.
Se Lula concordar é dificil saber o que poderá acontecer uma vez que Leão se sentiraá menosprezado e Otto mais ainda. Mas, em politica, tudo é possível.
Na semana passada, o senador Angelo Coronel, disse à imprensa baiana que uma fissura na base governista era improvável, dando essa declaração (imagina-se) diante da premissa de que Otto estaria garantido na cabeça da chapa e o PT o aceitaria, pacificamente. Seria, assim, uma questão de tempo.
Na reunião do diretório estadual do PT com divulgação de nota à imprensa (vide matéria na nossa Editoria de Política) colocando Moema ou Jerônimo como alternativas da cabeça da chapa, vê-se que, a pacificação em torno do nome de Otto é inatingível. Aceita-se ele como candidato a reeleição do Senado, mas, a governador não.
Com essa posição pouco simpática do PT, a partir de agora, até mesmo uma candidatura de Otto a sua reeleição fica meia-boca. Os rumos da chapa governista, pelo visto, se Lula não arrumar de uma vez por todas podem acontecer fissuras que a própria razão desconhece.