“Eu nunca me coloquei como candidato a governador, quem colocou foram vocês na imprensa. Sempre me coloquei como candidato a senador. Daí em diante é o Partido dos Trabalhadores fazer os entendimentos com a base, com os outros partidos, trazer o nome e nós vamos para a luta. Para trás não adianta. Agora vamos para a frente. Vamos trabalhar e buscar alguém que possa se comprometer a dar continuidade ao trabalho”, disse Otto.

  “É uma situação já resolvida. Não tem mais o que eu explicar. Não tem nenhum dificuldade de caminhar com o candidato que vier indicado lá pelo PT”, acrescentou, descartando qualquer possibilidade de rompimento.

  Ora, quem fez o comentário sobre a possibilidade de Otto ser pré-candidato a governador foi a imprensa com base nas declarações do presidente nacional do seu partido, Gilberto Kassab, o qual disse no último dia 20 o seguinte após confirmar o conflito para formação da chapa governista durante entrevista a Band News, no domingo (20).

De acordo com Kassab, existem dois possíveis candidatos ao senado pela base [Rui Costa pelo PT e Otto Alencar pelo PSD] e apenas uma vaga. Se Rui saisse ao Senado, restaria a Otto a candidatura ao governo. 

Para o presidente da legenda, uma eventual candidatura de Otto ao Palácio de Ondina seria uma “punição” ao senador. 

“Muito forte negativa [a candidatura ao governo da Bahia pelo PSD]. Seria punição ao Otto. Rui Costa quer ser senador e Otto também quer. Isso poderia ser um gesto negativo. Muito ruim. Otto é tradicional parceiro do PT. Dentro do partido [PSD] é ele quem lidera as manifestações em favor de aliança com Lula até no primeiro turno. Isso pode ter certeza é traduzido de maneira negativa para o Otto e o partido. Ele é aliado do PT na Bahia, fundador do PSD”, disse Kassab.