A moeda russa (rublo) cai 45% e Rússia faz lista negra de países que promovem o boicote
Tasso Franco , Salvador |
07/03/2022 às 11:20
Refugiados da Ucrânia já são 1.7 milhão na Polônia
Foto: AP
O presidente da França, Emmanuel Macron denuncia o "cinismo moral e político" de Vladimir Putin. Em um vídeo divulgado na segunda-feira, o presidente ucraniano pediu a intervenção do Ocidente. Ele também pediu novas sanções contra a Rússia, principalmente propondo um boicote ao petróleo.
Uma delegação ucraniana chegou à Bielorrússia, informaram agências de notícias russas. Ela deve se encontrar com representantes russos para encontrar uma solução para acabar com o conflito armado na Ucrânia.
“A delegação ucraniana chegou a Belovezhskaya Pushcha [parque nacional na fronteira entre Bielorrússia e Polônia] em dois helicópteros para negociações com a Rússia”, disse a agência de notícias oficial russa TASS.
POR DIÁRIO DE NOTICIAS, LISBOA
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse hoje ter falado com o Presidente russo, Vladimir Putin, a quem pediu para "cessar imediatamente as hostilidades" na Ucrânia e permitir corredores humanitários seguros, enquanto analisa o pedido ucraniano de adesão.
"Discuti com o Presidente russo [Vladimir Putin] a situação trágica na Ucrânia. A UE [União Europeia] condena com a maior veemência possível a agressão da Rússia contra a Ucrânia", escreveu Charles Michel na sua conta oficial da rede social Twitter.
Na curta publicação, em que dá conta do contacto, o presidente do Conselho Europeu indica que instou "o Presidente [russo] a cessar imediatamente as hostilidades e a assegurar a passagem humanitária segura e o acesso à assistência", tendo ainda sublinhado "a necessidade de garantir a segurança e a proteção das instalações nucleares no meio das hostilidades na Ucrânia".
Segundo Charles Michel, Bruxelas e Moscou "concordaram em manter mais contactos".
Moscou aprova lista de países "hostis" a quem russos vão pagar em rublos
A Rússia elaborou uma lista de países "hostis", incluindo os Estados-membros da União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Canadá, entre outros, aos quais as empresas russas poderão pagar dívidas em rublos, moeda que desvalorizou 45% desde janeiro.
A lista de países foi preparada na sequência de um decreto presidencial de sexta-feira, revelou hoje a agência russa Interfax, e inclui os territórios estrangeiros que, segundo Moscou, cometem ações hostis contra a Federação Russa, empresas e cidadãos russos.
Segundo a Interfax, o despacho com a lista foi assinado pelo primeiro-ministro, Mikhail Mishustin, e faz parte do Decreto do Presidente da Federação Russa, Vladimir Putun, "sobre o procedimento temporário para o cumprimento de obrigações com certos credores estrangeiros".
Mais de 1,7 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, de acordo com o balanço divulgado hoje pelas Nações Unidas.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) indicou que 1.735.068 pessoas já deixaram a Ucrânia, de acordo com os dados disponibilizados no seu portal oficial às 11:00.
São mais 200.000 pessoas em relação aos números divulgados no domingo pela agência da ONU.
A Polónia abriga o maior número de refugiados desde o início da invasão russa à Ucrânia. No total, 1.027.603 ucranianos foram acolhidos no país, o que representa 59,2% do total, segundo o ACNUR.