Política

WAGNER DIZ QUE SUA CANDIDATURA A GOVERNADOR ESTÁ MANTIDA; HÁ DÚVIDAS

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Tasso Franco , Salvador | 16/02/2022 às 09:20
Lula, Rui e Wagner
Foto: REP
     O senador Jaques Wagner afirmou à imprensa que sua pré-candidatura a governador da Bahia, em 2022, está mantida e o encontro que manteve com o ex-presidente Lula da Silva, na última terça-feira, 15, juntamente com o governador Rui Costa e o senador Otto Alencar (PSD), não foi para costurar o nome do senador Alencar substituindo-o como candidato da base governista, o que foi inicialmente aventado pelos comentaristas políticos, locais e nacionais.

  Obviamente que devemos dar crédtio a assertiva de Wagner, porém, com ressalvas. Ora, se a reunião com Lula foi apenas para tratar do quadro eleitoral do Brasil e da Bahia, sem mexer na cabeça da chapa, não haveria a necessidade de uma ida a São Paulo onde o cacique político do PT dita as ações que o partido deve tomar.

  De fato, o que teria acontecido foi a sinalização de uma possível candidatura do senador Otto Alencar (PSD) ao governo no estado, desejo também de Lula e possível acordo com Kassab para facilitar as coisas para Fernando Haddad, em SP. Com isso, o governador Rui Costa (PT) deixaria o governo em abril e disputaria o Senado, o que se torna viável se Otto for o cabeça da chapa, e também agradaria a João Leão, vice-governador que passaria a ser governador por um período de 8 meses e ainda indicaria o candidato a vice. 

  O cacique petista nacional entende que essa é a equação ideal tanto para manter a base unida na Bahia; quanto para ter uma chapa competitiva, uma vez que o governador Rui Costa, hoje, tem mais cacife político eleitoral do que Wagner. Em sendo o contrário, Wagner na cabeça da chapa; Otto para o Senado e um pepista na vice, Rui Costa ficaria fora da chapa e comandaria as ações politicas apenas como governador até o final do mandato. 

  O que se verificou, ontem, quando a notícia de que haveria uma mudança na cabeça da chapa da base, ainda não necessariamente da base, mas, apenas do PT, foram declarações de Wagner e de assessores próximos a ele, o presidente estadual do PT, Eden Valadares, e o secretário Luis Caetano, com o objetivo maior de manter "a tropa" petista unida, sem que Rui e Otto falassem qualquer coisa. 

  Então, vamos aguardar mais um tempo - até porque o governador Rui Costa ainda não abriu oficialmente as conversas políticas com os partidos da base sobre a sucessão, salvo, talvez, com Otto - para verificar como ficará a chapa, oficialmente.