Bolsonaristas alardeiam que Bolsonaro é estadista
Da Redação , Salvador |
15/02/2022 às 17:51
Bolsonaro e Putin
Foto: AG BRASIL
O presidente Jair Bolsonaro vai se reunir nesta quarta-feira (16/2), com o líder russo, Vladimir Putin, em Moscou, e a preocupação crescente do agronegócio com a oferta de insumos. A agricultura deve ser um dos principais temas da agenda bilateral. Os russos são o principal fornecedor externo de fertilizantes para o mercado brasileiro, respondendo por 20% do total.
Em novembro de 2021, o assunto já chegou a ser tratado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que se reuniu com representantes das principais empresas de fertiizantes da Rússia e disse ter ouvido deles a garantia de fornecimento. A ministra não está na comitiva presidencial em Moscou.
Recentemente, ela foi diagnosticada com Covid-19 e precisou cancelar sua agenda de compromissos oficiais. Na segunda-feira (14/2), ela informou ter feito um novo teste e recebido diagnóstico negativo para a doença.
À turbulência geopolítica na Rússia, soma-se às sanções comerciais impostas por Estados Unidos e Europa à Bielorrússia, país também relevante no fornecimento de fertilizantes para a agricultura brasileira, principalmente do cloreto de potássio. Diante das restrições comerciais, o Brasil importou o insumo também do Canadá.
O ESTADISTA
Nas redes bolsonaristas circula a informação que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria evitado o conflito entre a Rússia e a Ucrânia em um momento em que o país capitaneado por Vladimir Putin anunciou a retirada de partes das tropas em torno da fronteira com a Ucrânia.
Algumas das postagens, em tom de brincadeira, tiveram amplo alcance. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles foi um dos propagadores das publicações. “Biden e o mundo ocidental agradecendo Bolsonaro por ter convencido Putin a desistir da invasão, talkey?!?”, escreveu Salles, em tom de ironia no Twitter.
Outra postagem compartilhada por Salles faz uma montagem que atribui à CNN a informação de que o presidente Jair Bolsonaro evitou “a 3ª Guerra Mundial”. Em nota, a emissora afirmou não ter noticiado o exposto pelo ex-ministro.