Abu Ibrahim Al-Hachimi Al-Qurachi foi "eliminado" pelas forças especiais dos EUA no noroeste da Síria, segundo a Casa Branca. (Com Le Monde)
Tasso Franco , Salvador |
03/02/2022 às 15:13
Ao todo, 13 pessoas foram mortas
Foto: DIV
Mais de dois anos após a eliminação de seu antecessor, o líder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), Abu Ibrahim Al-Hachimi Al-Qurachi, foi morto durante uma operação das forças especiais americanas na quinta-feira, 3 de fevereiro, antes do amanhecer, em Síria. A operação de helicóptero ocorreu em Atme, região da província de Idlib, e matou treze pessoas, incluindo quatro mulheres e três crianças, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Os militares dos EUA "eliminaram do campo de batalha" o líder do grupo ultra-radical durante uma operação realizada no noroeste da Síria, anunciou o presidente dos EUA em um comunicado em Washington. Todos os soldados americanos estão sãos e salvos, disse Joe Biden, anunciando que se dirigiria ao povo americano no final da manhã.
Em um breve discurso, Joe Biden elogiou a ação das forças americanas e justificou essa ação de comando ao invés de um bombardeio, para minimizar as perdas civis. Ele lembrou que Abu Ibrahim Al-Hachimi Al-Qourachi, um iraquiano de 45 anos, assumiu a liderança do EI após a morte, em outubro de 2019, de Abu Bakr Al-Baghdadi, morto em uma operação na região de Idlib amplamente controlada por jihadistas e rebeldes.
Em 2014, antes de assumir a chefia do EI, ele presidiu o massacre da minoria yazidis de língua curda. Desde que assumiu a liderança do EI, ele controlou a rede de "franquias" do grupo terrorista da África ao Afeganistão. Mais recentemente, ele supervisionou o ataque de 20 de janeiro à prisão de Hassaké, no nordeste da Síria, que foi tomada pelas Forças Democráticas da Síria.