Tendência pelas declarações do prefeito e governador é não acontecer
Tasso Franco , da redação em Salvador |
10/11/2021 às 20:19
Tendência de não acontece
Foto: REP
O Carnaval de Salvador está na corda bamba. O tema polemizou depois da recomendação da Câmara para que uma decisão seja tomada até a semana que vem, segundo o vereador Tinoco assunto discuto e analisado previamente. Hoje, o prefeito Bruno Reisd afirmou que o assunto deve ser decidido pela prefeitura em parceria com o governo do Estado, sem pressões, levando em conta todos os fatores envolvidos. A reunião dele com o governador Rui Costa para tratar do tema ainda não tem data marcada.
"A prefeitura sozinha não tem condições de realizar o Carnaval, por mais que seja o principal executor. Mas não há como se falar do Carnaval sem a participação do governo do Estado. Vamos ter conversa, eu e governador, sem pressão dos setores, sem agonia dos envolvidos", acrescentou.
Bruno destacou que entende que as pessoas que trabalham e dependem do Carnaval precisam logo dessa definição. "Compreendemos a angústia das pessoas que já estão quase 2 anos sem trabalhar, muitas desesperadas, que dependem dessa renda para sobreviver e garantir o sustento. Mas como sempre colocando a vida em primeiro lugar e com a responsabilidade que essa decisão exige. Eu e o governador iremos sentar e analisar todo cenário e tomar a melhor decisão, pensando na vida das pessoas e compreendendo a importância do Carnaval para toda economia da nossa cidade", acrescentou.
RUI COSTA
O governador Rui Costa foi mais enfático: "Olha, eu não aceito ultimato de ninguém quando se trata de vida humana. Não aceito e não aceitarei ultimato de ninguém. Reconheço a legitimidade de quem é investidor e de quem tem no Carnaval a sua atividade econômica, quem investe em camarotes, blocos, quem teve resultado positivo de R$ 5 milhões, R$15 milhões, acho que isso faz parte da atividade econômica da Bahia, gera emprego, gera renda. Mas, do outro lado, eu tenho 15 milhões de pessoas que eu tenho que cuidar da saúde", afirmou Rui Costa.
A CMS argumenta que se nenhuma decisão for tomada, o carnaval será inviabilizado por conta da impossibilidade de se conseguir patrocínios para bancar a festa. Onze recomendações foram realizadas pela Comissão Especial de Acompanhamento da Retomada dos Eventos. Dentre elas estão que a decisão sobre a realização do Carnaval seja realizada até o dia 15 de novembro em conjunto pela Prefeitura e o Governo, e que haja uma redução na duração do Carnaval para no máximo sete dias.
Na avaliação do governador, ainda é cedo para decidir a realização do Carnaval. "Nós não vamos anunciar nenhuma festa de forma precipitada. Se anuncia hoje que terá Carnaval, e em dezembro os casos explodem, eu vou ter que cancelar, e eu vou ser processado por vários empresários, alegando prejuízos. Do mesmo jeito que se eu anunciar que não vai ter Carnaval, e em dezembro os números caírem, por que não fazer?", falou Rui.