Governador diz que deseja ficar até o fim do governo no seu mandato e tira chance de Leão ser gov tampão por 6 meses
Com essa declaração - de continuar até o fim no governo - preliminarmente joga uma ducha de água fria no vice-governador João Leão, o qual se não sair como candidato a governador pelo PP terá que ficar também até o fim do governo, em 31 de dezembro de 2022, nas funções de vice e secretário do Planejamento.
Também tomando por base a declaração do governador vê-se que a estratégia petista de ter como candidato o senador Jaques Wagner com o apoio do ex-presidente Lula da Silva, presumidamente eleito em 2022, presidente, uma vaga para Rui no Ministério lulista estaria sacramentada. Ainda mais se o PT fizer barba e bigode elegendo Wagner (na Bahia) e Lula (na presidência) com grande votação no estado. No meio petista essa estratégia é a vigorante.
Observando-se a declaração de Rui pelo outro lado da questão de que "as coisas ainda não estão definidas na Bahia" (obviamente na sua base política) o vice-governador João Leão mantém a janela aberta ou em abertura para uma possível negociação e ser o cabeça da chapa. Isso, claro, dependerá das conversas com a base olhando-se todos os partidos PT, PP, PSB, PSD, PCdoB, Podemos, Avante, MDB e outros menos cotados, o que representa, ao menos, uma esperança.
A base ruista, no último final de semana, sofreu a baixa de um parlamentar estadual pepista (Robinho), o qual tem sua base eleitoral no Extremo-Sul do Estado - Prado, Nova Viçosa, Itanhém, Teixeira, etc - e faz dobradinha com o deputado federal Ronaldo Carletto, ao que se comenta nos bastidores da política, sendo cortejado por nuvens adversárias para uma disputa senatorial. Portanto, trata-se de um parlamentar (Robinho ligado a Leão) e o vice-governador já disse que deseja ser pré-candidato a governador, em 2022.
Possíveis turbulências maiores na base política do governador num provavelmente rifamento de Wagner, pré-candidato a governador 2022 já lançado por segmentos petistas só aconteceria se os senadores Otto Alencar e Angelo Coronel se aliharem com Leão. Há essa hipótese entendendo-se que PP e PSD já fizeram suas partes com PT e agora esperam a recíproca. Isto é: querem também ser apoiados e não só dar apoios.
Salvo o PSD e o PP os outros partidos da base não têm estruturas para lançarem pré-candidatos. Já vimos esse filme antes com Lidice da Mata, em 2014; e recentemente com as candidaturas de Olivia Santana (PCdoB), Bacelar (Podemos) e SGT Isidório (Avante) a prefeito (a) de Salvador.
Agora temos que esperar os desdobramentos da fala política de Rui para dar continuidade a novos comentários. É possível que na Assembleia Legislativa, hoje, o assunto prospere.
