Política

PT QUER COLAR NETO EM BOLSONARO EM VELHA ESTRATÉGIA QUE NÃO DEU CERTO

Comenta Tasso Franco sobre a estratégia petista para tentar desgastar a liderança de ACM Neto no estado
Tasso Franco , da redação em Salvador | 11/08/2021 às 17:39
ACM Neto eleito prefeito de Salvador, em 2012, contra o petista Nelson Pelegrino
Foto: DIV
  O PT baiano quer colar a imagem de ACM Neto em Jair Bolsonaro. Esquece o PT que Bolsonaro é uma cria petista e só vingou eleitoralmente, em 2018, graças a debalce do então governo Dilma Rousseff que sofreu um impeachment por pedaladas fiscais e desarticulações no Congresso e pelas práticas do 'mensalão' e do 'petrolão' captaneados pelo ex-presidente Lula, o qual, ainda hoje responde a processos em andamento numa terceira instância no STF e na Justiça de Brasília desde que foram anuladas pelo Supremo as sentenças de Sérgio Moro. 

   Não fossem essas questões e o temor que a população teve do retorno do PT ao poder, com Fernando Haddad, em 2018, Bolsonaro não teria tido 57.7 milhões de votos e eleito presidente.

  Portanto, quem criou Mateus que balance. Querer envolver ACM Neto nesse DNA é próprio de estratégias conhecidas do PT, partido que não prima pelo bom senso. 

   ACM Neto foi eleito prefeito de Salvador (53.51%), em 2012 (a candidata a vice foi Célia Sacramento, PV), quando Bolsonaro era apenas um deputado federal pelo Rio de Janeiro e derrotou o candidato da base petista Nelson Pelegrino (PT, que obteve 46.49%), tendo como a candidata a vice Olivia Santana (PCdoB). Na época, foi parabenizado pelo vice-presidente Michel Temer.

   ACM Neto foi reeleito, em 2016, desta feita contra Alice Portugal (PCdoB) candidata da base governista ano em que o PT sequer teve candidato (a) a prefeito (a) porque não tinha ninguém competitivo e Pelegrino, o qual já tinha perdido várias eleições, desistiu. 

   A eleição de Bolsonaro se deu em 2018 e pela quantidade de votos que teve (57.7 milhões) vê-se que a influência de Neto foi nenhuma. Houve, na realidade, uma avalanche de votos num candidato fora do contexto e que foi abraçado pelo Brasil.

   Em 2020, ACM Neto fez o sucessor em Salvador contribuindo com a eleição de Bruno Reis (DEM) contra a candidata petista major PM Denice Santiago, uma lavagem de votos, e já nesta eleição tentou-se grudar Bruno em Bolsonaro, mas. não colou.

   Agora, para 2022, o PT vem com a mesma estratégia aproveitando a rejeição de Bolsonaro no Estado apontada como 62%, o que ninguém sabe se é real, querendo colar ACM Neto no presidente na disputa que poderá acontecer contra o candidato da base governista até agora o pré-lançado por segmentos petistas, o senador Jaques Wagner, um nome antigo e desgastado, com citações no caso da Arena Fonte Nova.  

   Essa ladainha começou com o presidente estadual do partido, Eder Valadares, um wagnerista de carteirinha, e agora tem sido badalada por alguns deputados federais, entre eles, Afonso Florence, ex-ministro do governo Lula. 

   Até uma nota já foi 'plantada' em Veja, não se sabe por quem, revista que não teve o cuidado de sequer ouvir Neto, e sapecou a informação adiante na tese de que repetindo mentiras se chega a uma verdade.

   Neto já desmentiu a Veja e possíveis ligações com Bolsonaro, está, hoje, muito mais ligado a Ciro Gomes (PDT) do que a qualquer outros pré-presidenciável embora ainda não tenha se decidido, e faz uma pré-campanha solo, isto é, com seu prestígio pessoal, as alianças que organizou no estado e a vontade da população. E assim seguirá.

   Esse tipo de ação petista é conhecida. Em 2014, quando Lidice da Mata foi candidata a governadora, no segundo turno das eleições presidenciais entre Dilma x Marina, fizeram essa mesma encrenca com Lidice, mas, ela que havia apoiado Eduardo Campos na inicial se manteve ao lado de Marina.

   Portanto, por mais que o PT queria e force, a possível eleição de Neto a governador (ou não) não passa por Bolsonaro. 

   Quando a base governista de Rui definir o seu candidato ai falaremos dele. (TF)