Bolsonaro culpa os governadores pelo alto preço dos combustíveis.
Tasso Franco , da redação em Salvador |
18/07/2021 às 19:05
Bolsonaro tem alta em SP
Foto: Rep TV Globo
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu alta médica neste domingo (18) após apresentar um quadro de obstrução intestinal e passar 4 dias internado no Hospital Vila Nova Star, na Zona Sul de São Paulo. Defendeu seu governo das suspeitas de irregularidades em negociações de vacinas contra a Covid e manifestou apoio ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, investigado pela CPI da Covid.
O presidente comentou a reunião de Pazuello com intermediários que buscavam vender a vacina CoronaVac por quase o triplo do preço pago no contrato com o Instituto Butantan. Em um vídeo ao lado dos intermediários, Pazuello disse que o encontro terminava com um memorando de entendimento assinado e um "compromisso" do ministério de fazer negócio (veja abaixo).
Bolsonaro argumentou que muitas pessoas são recebidas no ministério e que se fosse algo secreto ou superfaturado, Pazuello não estaria no vídeo. Questionado se achava normal o ministro receber os intermediários, Bolsonaro respondeu: "Se eu tivesse na Saúde, eu teria apertado a mão daqueles caras tudo. O receber, ele [Pazuello] não estava sentado à mesa", disse. "Geralmente quando o cara faz, fala em propina, é pelado dentro da piscina."
Bolsonaro também chamou de "casca de banana" o aumento para R$ 5,7 bilhões do fundo eleitoral, incluído no Projeto de Lei Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021 aprovado pelo Congresso, mas não disse se irá vetar ou sancionar o dispositivo.
"Então num projeto enorme, alguém botou lá dentro essa essa casca de banana, essa jabuticaba. Agora o Parlamento descobriu, tentou, foi tentado destacar pra que a votação fosse nominal para essa questão e o presidente [da sessão, deputado] Marcelo Ramos (PL-AM), do Amazonas – pelo amor de Deus o estado do Amazonas ter um parlamentar como esse – ele atropelou, ignorou, passou por cima e não botou em votação o destaque", disse Bolsonaro.
Sobre o alto preço dos combustíveis, Bolsonaro culpou os governadores que colocam percentuais exagerados de ICMS .