Política

O ESCANDALO DO FUNDO PARTIDÁRIO COM R$5.7 BI PARA DIVULGAR IDEIAS (TF)

Vê-se que senador e deputados não estão preocupado com o Brasil e sim com os seus interesses pessoais partidários
Tasso Franco , da redação em Salvador | 16/07/2021 às 10:06
Aprovado pela Câmara e pelo Senado
Foto: Ag Senado
   Uma bandeira dos partidos de esquerda - especialmente o PT (e seus agregados PCdoB, PSB e Psol) - ganhou novo capítulo escandaloso com a aprovação na LDO do Fundo Partidário Eleitoral (apelidado de Fundão) saltando de R$1 bi e 800 milhões para R$5 bilhões e 700 milhões - triplicando o seu valor - para atender as necessidades promocionais dos partidos na campanha de 2022. 

  O relator do projeto na Comissão Mista de Orçamento foi deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) e nos plenários das Casas, 278 deputado federais votaram a favor e 145 contra; e no Senado, 44 senadores disseram sim; e 33 foram contra. O escândalo é de tal ordem sobretudo considerando-se a inflação do ano que, no total, 178 parlamentares foram contrários, não havendeo, portanto, unanimidade. 

  Digamos que, se o Congresso quisesse mexer no salário minimo em tal proporção ao Fundao, o SM passaria de R$1.100,00 (último aprovado) para R$3.300,00.

  O Fundão foi criado após campanha da esquerda diante proibição do financiamento privado, em 2015, pelo Supremo Tribunal Federal, sob o argumento de que as grandes doações empresariais desequilibram a disputa eleitoral. Nas eleições de 2018, foi criado o fundo de R$ 1.8 bi com recursos públicos. 

   Os recursos do fundo, que são públicos, são divididos entre os partidos políticos para financiar as campanhas eleitorais. De acordo com o texto, a verba do fundo será vinculada ao orçamento do Tribunal Superior Eleitoral, prevendo 25% da soma dos orçamentos de 2021 e 2022.

  Para que serve o Fundo? 

   Para que os partidos expoam suas ideias aos eleitores nos programas de rádio, TV e internet no momento das campanhas (3 meses) e os candidatos organizem suas plataformas políticas. Mas, para divulgar ideias é preciso tanto dinheiro?

   O TSE já restringiu bastante essas ações e os candidatos não podem mais fazer camisas e outras peças publicitárias (pratricamente só podem fazer santinhos e banneres), o que era de se supor, que ao invés da uma triplicação do valor do fundo houvesse uma redução. 

   Nada. São gulosos os dirigentes partidários. Estima-se que os partidos maiores vão abocanhar R$600 a R$700 milhões cada um deles. Vão nadar em dinheiro. Isto é em dinheiro público, nosso dinheiro, dinheiro do povo. Ou seja, os candidatos vão fazer suas campanhas, muitas deles extremameente demagógicas, falando para o povo; com o dinheiro do povo. 

   Então, se você ouvi alguém falando que vai construir uma ponte essa promessa é com seu suor, com seu dinheiro. E se a ponte não sair do papel, só falando com o papa.

   Recentemente, o Portal G1 fez um levantamento - indicadores educacionais, retomar as obras paradas, reduzir os gastos públicos, diminuir a fila de cirurgias nos hospitais, etc., em dois anos e meio de mandatos dos governadores dos 26 estados e do Distrito Federal e somente 26% dos 1.157 compromissos assumidos pelos então candidatos, eleitos para um mandato de quatro anos, foram integralmente cumpridos.

   Na atualização anterior, após um ano de gestão, o percentual era de 18%. Neste ano, a pandemia da Covid-19 foi um argumento usado de forma recorrente pelos governos estaduais como motivo para não conseguir cumprir determinadas promessas. Os gestores citam a pandemia em suas justificativas sobre os andamentos dos projetos em quase 1/5 das promessas não cumpridas ou cumpridas em parte.

   Imaginem! Isso aconteceu com os governadores que são mais vigiados. Com deputados e senadores esse percentual deve ser ainda menor. E, com prefeitos e vereadores, menores ao quadrados. Na última campanha, em Salvador, teve vereador prometendo até caixão de defunto. E é só lembrar de campanhas estaduais em que o trenzinho da FIOL já rodadva na regão de Brumado até o Porto Sul, em Ilhéus, obra que está inclusuva e trechos paralisados.

    Bolsonaro, que começou bem seu governo tentando controlar essas aberrações políticas, virou político do mesmo naipe e certamente não irá vetar essa aberrção inflacionária do Fundão. Se permancesse em R$1 bilhão e 800 milhões já estava de ótimo tamanho, agora, com RF$5 bi 700 milhões virou um maná.