Política

CPI RACHA COM VOZ DE PRISÃO A UM 'BAGRINHO' E PERDE A DIREÇÃO FOCAL

Rachou ao meio a CPI
Tasso Franco , da redação em Salvador | 08/07/2021 às 11:49
Presidente Azoz, questionado
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   A voz prisão do ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias dividiu os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e provocou críticas até entre velhos aliados, que compõem o grupo G-7. Em público, porém, todos negaram um racha na comissão após a ordem dada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). 

   Ferreira Dias não chegou a ser preso, propriamente dito, uma vez que a Policia Legislativa do Senado ouvi-o ele pagou uma fiança de R$1 mil e foi liberado.

  O senador foi criticado por ter dado ordem de prisão a Dias após ignorar apelos para a detenção de outras testemunhas ouvidas na comissão, entre elas o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ex-secretário de Comunicação Social Fabio Wajngarten e o policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que acusou Dias de pedir propina na negociação de vacinas contra covid-19.

   Após a decisão, senadores questionaram a ordem de Aziz. "O presidente da CPI tem autonomia para decretar a prisão do depoente por falso testemunho e isso deve ser respeitado, mas questiono a falta de isonomia na decisão. Dias não foi o primeiro a mentir flagrantemente na comissão. É importante manter o foco: são mais de 525 mil mortos", disse o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Aziz, porém, manteve a ordem de prisão. Parlamentares avaliaram que a decisão serve como um recado para testemunhas e investigados que serão ouvidos a partir de agora.