Política

MARCELINHO VEIGA CRITICA A CONVOCAÇÃO DE SECRETÁRIOS ESTADUAIS EM CPI

“Querem criar cortina de fumaça para enganar o povo”, diz deputado sobre convocação de Fábio Vila-Boas em CPI
Vitor Fernandes , Salvador | 04/05/2021 às 04:30
Marcelinho Veiga
Foto: divulgação
O deputado estadual Marcelinho Veiga (PSB) criticou a convocação de secretários estaduais para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga irregularidades do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia no Brasil. Para o parlamentar, a bancada bolsonarista que criar um desvio de foco para encobrir as malversações dos recursos nesta crise. “Não tenho dúvida de que querem criar uma cortina de fumaça para enganar o povo. Essa é uma tática velha desse grupo de parlamentares ultraconservadores e que gosta de se informar por fake news do líder deles”, critica Veiga, que frisa o regimento do Senado (artigo 146), que não prevê matérias pertinentes aos estados e municípios.

Ainda conforme Marcelinho, os titulares estaduais, como o da Bahia, Fábio Vilas-Boas, são responsáveis diretos no trabalho desenvolvido de retaguarda e de atendimento direto aos pacientes com covid. “Sei do empenho do secretário Fábio e de suas dificuldades. Não é fácil atuar em uma crise sanitária sem o mesmo empenho do governo federal, que era para ajudar nesse momento, mas só fez atrapalhar. Temos que cobrar apuração por parte da CPI da Covid pela não compras de vacinas e pelo não investimento de todos os recursos liberados para enfrentar a crise”, descreve o deputado do PSB.

Quem convocou o titular da pasta de Saúde da Bahia foi o senador Eduardo Girão (Podemos), membro da comissão, e que faz parte da base bolsonarista no Congresso. Foi apresentado requerimento para convocar, além de Fábio, os secretários de Alagoas, Ceará, Sergipe, Pernambuco, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. “Tenho certeza que não houve falta de empenho na Bahia. Houve uma dificuldade gerada por não terem outra alternativa, que não fosse a de se virar sozinho para ajudar a salvar vidas. E isso precisa ser considerado. Não houve negligência, querem tirar o foco de Bolsonaro, que é culpado disso tudo”, completa.